Central multimíidia de sete polegads e painel de instrumentos digital deixam interior mais refinado Lucas Cardoso
Por Lucas Cardoso
Publicado 22/11/2018 03:00 | Atualizado 22/11/2018 15:43

Rio - Faz tempo que a Citröen não rende bons resultados no mercado nacional. De dez anos para cá, época em que ainda tinha C3, C4 Pallas e Picasso entre seus carros-chefe, a marca francesa não tem tido sucesso ao tentar retomar os bons resultados de vendas. Mas a trajetória deve mudar com o recém-lançado C4 Cactus. Produzido em Porto Real, no interior do Estado do Rio, o novo SUV chegou ao mercado em outubro, disponível em cinco versões, com preços de R$ 69 mil a 98 mil.

Para atender a duas faixas de preço do segmento de utilitários esportivos, o modelo conta com três opções de motorização: 1.6 aspirado de 118 cavalos, 1.6 aspirado de 122 cavalos e 1.6 THP turbo de 173 cavalos. O motor mais potente equipa a versão mais cara do modelo, chamada de Shine Pack. E foi avaliada pelo DIA durante uma semana e pouco mais de 500 quilômetros.

Força no rodar

E de potência, os proprietários do C4 Cactus não vão poder reclamar. O motor de quatro cilindros em linha 1.6 turbo empurra bem o Citröen. Saídas, retomadas e ultrapassagens foram feitas sem esforço. Os 7,4 segundos obtidos do zero aos 100 km/h pelo modelo em nosso teste é apenas décimos abaixo do registrado por modelos hatch com apelo esportivo.

O trabalho do motor é facilitado pelo câmbio automático de seis marchas, com opção de trocas manuais deslizando a manopla para a esquerda e função Sport, que deixa o carro mais esperto nas trocas de marcha. Pelo preço, o modelo só ficou devendo as aletas atrás do volante.

Consumo e tecnologia

Outra ausência sentida é a do Start-Stop. Apesar de ter registrado médias de 10,7 km/l abastecido com gasolina, o Cactus poderia chegar mais longe se contasse com o sistema de gerenciamento de partida. O modelo até conta com uma função chamada de ECO. Mas ela não surtiu efeito no trajeto realizado pela reportagem.

Se falta de um lado, sobra de outro. O Cactus na versão topo avaliada é recheado de tecnologias embarcadas. Entre elas, sistemas de segurança como assistente de permanência em faixa, alerta de fadiga e de colisão frontal e frenagem de emergência. Há também um seletor de terrenos (Grip Control), que permite a alteração de parâmetros de suspensão e até o desligamento do controle eletrônico de tração.

Painel com porta-luvas mais elevado garante ainda mais espaço para as pernas de quem vai no banco do caronaLucas Cardoso

Apesar de só ter tração dianteira, o Cactus se mostrou versátil em terrenos acidentados. Parte dessa desenvoltura pode ser creditada a sua altura em relação ao solo de 22,5 cm, além dos ângulos de ataque e de saída.

Suavidade
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Visual jovem
O Cactus tem design jovem que divide opiniões por fora. Mas pode ser considerado uma unanimidade quando o assunto é espaço interno. O SUV conta com entre-eixos de 2,60 metros e túnel central baixo. A medida que coloca o modelo com maior cabine também cobrou do porta-malas, que precisou ser espremido e só pode acomodar 320 litros.
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No acabamento, plásticos são de boa qualidade e as texturas se comunicam bem. Partes em tecido no painel e bancos dão um charme diferente. Além disso, equipamentos como a central multimídia de sete polegadas, volante multifuncional em couro e painel de instrumentos digital (importado do irmão sedã Lounge) ampliam a sensação de refinamento.

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