Rio - Lançado em abril de 2016, o Mobi é uma das apostas recentes da Fiat para o mercado nacional. Compacto, urbano e econômico, o modelo nasceu para ser a opção de melhor custo-benefício. Mas de lá para cá, o 'carrinho' vive de altos e baixos. Com pouco menos de 50 mil unidades emplacadas em 2018, o subcompacto apareceu no 12º lugar no ranking geral de vendas da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Durante uma semana, o DIA avaliou a configuração intermediária do modelo, que custa R$ 43.590 e utiliza o eficiente motor 1.0 Firefley. Foram mais de 800 quilômetros rodados durante uma semana e uma média de consumo de combustível de se impressionar: 15 km/l na gasolina e 12.5 km/l no etanol. Excelente!
Percepções ao volante
Do Rio até Arraial do Cabo, com trânsito e muito calor, o modelo mostrou todos os pontos positivos e negativos de um subcompacto urbano. Com seus 77 cavalos de potência, o Mobi foi esperto em saídas e retomadas na cidade, mas teve pouco fôlego na estrada, onde a velocidade máxima foi quase sempre superior a 80km/h.
Com curso longo, o câmbio manual de cinco marchas incomodou em alguns momentos. Por outro lado, a direção elétrica mostrou boa transição entre os modos leve, necessário para situações de manobras de estacionamento, e pesado, ideal para a condução em alta velocidade.
A ergonomia ao volante para o motorista, que conta com ajustes de altura no banco e volante, é outro ponto positivo do modelo. Não demora muito para achar a posição ideal. Há, inclusive, ajustes elétricos para os retrovisores externos.
Tamanho reduzido
Assim como a diferença do desempenho do motor na cidade e na estrada, no quesito dimensões, o Mobi, que utiliza a plataforma do Uno encurtada, também tem seus pontos positivos e negativos. Seu tamanho reduzido garante manobras e permite entrar em vagas apertadas. Para ajudar na tarefa, sensores de estacionamento indicam proximidade com alertas no computador de bordo.
Porém, quando o assunto é espaço interno, as dimensões reduzidas do Mobi mostram seu lado negativo. Especialmente no banco de trás, não há conforto. Para pessoas acima de 1,75m de altura, é praticamente impossível não encostar os joelhos no banco da frente. A situação é pior para o ocupante do banco do meio. Ainda na segunda fileira, não há cinto de três pontas para todos. E o porta-malas, com 215 litros, não acomoda mais do que três malas na posição vertical.
De série, a versão Drive traz ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, rodas de liga 14 polegadas e travas elétricas. O conjunto é o básico para qualquer modelo comercializado atualmente.
Com espaço de destaque no painel, o sistema Live On, que conecta o smartphone ao computador de bordo, traz o básico de uma central multimídia para a tela do celular. O senão da funcionalidade é a dependência do smartphone e alguns problemas de funcionalidade, que forçam o motorista a olhar para o celular. Por diversas vezes, o aplicativo fechou durante a utilização.