Modelo tem santantônio e estribos tubulares de série. As rodas são de liga e 16 polegadas - Lucas Cardoso
Modelo tem santantônio e estribos tubulares de série. As rodas são de liga e 16 polegadasLucas Cardoso
Por Lucas Cardoso

Enquanto alguns reclamam pela retração nas vendas, a Fiat não tem do que se queixar quando o assunto é a Toro. O modelo que criou seu próprio segmento, o das picapes meio SUVs e médias, vende 17,9% de todo o segmento das picapes (compactas, médias e grandes). E é com esse bom resultado que chega a linha 2020 da picape, com novas versões, equipamentos, cores e leve mudança de design na dianteira.

São dez versões, com preços a partir de R$ 92.990, na Endurance manual flex, que é novidade na linha, e custam até R$ 159.990, na Ranch 4x4 a diesel automática. Também é novidade na linha o pacote S-design, que adiciona adesivos, emblemas e visual com acabamento escurecido no interior, santantônio, estribos e roda — a customização só pode ser feita nas versões Freedom. O custo do pacote é de R$ 5 mil.

Para não dizer que nada muda no exterior, a linha 2020 da Toro conta com mais proteção no para-choque dianteiro graças a um quebra-mato em plástico preto fosco. A peça reduz o risco de arranhões na pintura dianteira. Laterais e traseira seguem iguais.

Outra mudança, dessa vez exclusiva nas versões Endurance, é a adoção de santantônio na caçamba e barras de proteção no vidro traseiro. Os itens vem pintados em tom escurecido. A linha também passa a contar já de série com comando na chave.

Durante o evento de lançamento, na última semana, a Fiat anunciou a chegada da versão Ultra. Prevista para até o fim do ano, a novidade chama a atenção pela adoção de uma capota marítima rígida, com mais proteção contra infiltração de água e poeira.

A opção deve agradar proprietários de outros segmentos, já que a capota transforma o bagageiro em porta-malas. A versão será baseada na configuração Volcano, que usa motor 2.0 diesel. O valor não foi revelado.

Toro mecânico

Nosso primeiro contato com a linha 2020 da Toro foi com a versão Endurance manual. Rodamos por mais de 80 km com a configuração, que usa o motor 1.8 flex de 139 cv e 19,3 kgfm. No trajeto pelas estradas litorâneas de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, o rodar do modelo de R$ 92.990 montado sobre monobloco foi suave.

A suspensão multibraço na traseira entrega o melhor de dois mundos, capacidade para carga (650 kg) e conforto ao absorver as imperfeições do solo, sem aquele balanço tradicional das picapes de chassi, em que o sistema mais usado é o feixe de molas.

O conhecido motor 1.8 flex traz força apenas suficiente para o peso da picape (1.619 kg). Não há sobra. O desempenho com o câmbio manual agrada pela relação das cinco marchas e pelos engates precisos — embora todos tenham curso longo tradicional dos câmbios da Fiat. A tração da versão é 4x2, então nada de aventuras fora da estrada.

REFINAMENTO

Apesar de ser a versão de entrada, o preço força o modelo a entregar bom refinamento na maioria dos quesitos. Um deles é o isolamento acústico, que é louvável. Não há ruídos vazando para o interior da cabine.

A central multimídia de sete polegadas traz boa conexão para espelhamento e gráficos legais em seu sistema nativo, mas se mostrou lenta em algumas transições de tela e mudança de função, como na navegação por GPS. O acabamento interno agrada pelo padrão de texturas no painel, portas e também pelo tecido dos bancos.

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