Por bruno.dutra

Rio - Um dos principais eventos mundiais da indústria do petróleo e o mais importante realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), a Rio Oil & Gas Expo and Conference 2014 chega à 17ª edição com expectativa de manter ou superar os R$ 152 milhões de negócios firmados na última edição do evento em 2012. A organização espera receber cerca de 55 mil visitantes de todo o mundo entre os dias 15 e 18 de setembro, no Riocentro, na Zona Oeste do Rio.

Com o tema “Novo Cenário Geopolítico: Superando os Desafios”, a Rio Oil & Gas 2014 vai discutir as transformações na produção energética mundial provocadas por fatores relevantes, como o crescimento da produção de recursos não convencionais (petróleo e gás de xisto), além da abertura de novos mercados. Durante os três dias de exposição, palestras e rodadas de negócios, o setor pretende discutir como atrair mais investimentos para o país, mesmo em um momento de desaceleração da economia.

“É natural que as empresas aguardem resultados das eleições para saber qual o caminho seguir. Nós do IBP enxergamos um cenário de incertezas, mas de potencial gigantesco, onde queremos mostrar ao governo a importância de termos mais rodadas de licitação e atrair investimentos para o Brasil. Então, eu diria que uma boa forma de combater o momento de incertezas é abrir para mais investimentos na indústria do petróleo. É necessário fazer crescer nosso setor, gerar negócios, desenvolvimento, emprego e impostos”, reitera o secretário geral do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Milton Costa Filho.

Entre os vários temas que estarão em debate destacam-se a competitividade da indústria de óleo e gás no Brasil, o uso de novas tecnologias na exploração em águas profundas, a consolidação do modelo de partilha no pré-sal e a importância do gás natural na matriz energética brasileira.

"Vivemos um momento interessante na indústria do petróleo e, por isso, precisamos trocar experiências e conhecimentos no que diz respeito às mudanças no cenário mundial, como também na capacitação de profissionais e sustentabilidade dos processos. E o IBP é o principal agente para provocar esse diálogo entre o Brasil e o restante do mundo", destaca o presidente do instituto, João Carlos de Luca.

Com as últimas rodadas de licitação e investimentos contratados para o setor petrolífero do país, Costa diz que o Brasil conseguirá em breve a autossuficiência. “Se olharmos os projetos que já existem, especialmente os da Petrobras, pode-se dizer que é questão de tempo o aumento da produção, visto que as instalações já foram encomendadas. Daqui pra frente a produção crescerá e, em 2020, teremos produção significativa da indústria, ultrapassando os 5 milhões de barris por dia”, destaca o secretário geral do IBP, para quem o país não pode perder de vista o aumento da infraestrutura e da logística no setor de petróleo e gás.

Segunda maior feira de petróleo e gás do mundo, atrás apenas da Conferência de Tecnologia Offshore (OTC), edição realizada em Houston (Texas - EUA), a Rio Gas & Oil ocupará cerca de 95 mil m² e terá 30 países representados, em um evento com cerca de 1.300 expositores e 14 pavilhões internacionais. As plenárias contarão com a presença de nomes importantes do setor, como Fatih Birol, diretor-chefe da Agência Internacional de Energia (IEA), e József Toth, presidente do Conselho Mundial de Petróleo (WPC, na sigla em inglês).

Segundo o IBP, o Brasil está na briga para sediar o Congresso Mundial de Energia que deverá ocorrer em 2019. O Rio está na disputa com São Petersburgo, na Rússia, e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Para o instituto, a grande diversificação energética do país, além do petróleo e do gás, coloca a cidade em destaque para ser anfitriã do evento sobre energia mais importante do mundo. A cidade escolhida será definida em outubro em evento na Colômbia.

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