Por gabriela.mattos

Brasília - Nove anos depois de ter criado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é desde esta quinta-feira o ministro responsável pela gestão da ação governamental. A novidade está no decreto assinado quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, que transfere o PAC do Ministério do Planejamento para a Casa Civil. Agora, a Secretaria do programa ficará subordinada ao ex-presidente.

O PAC foi criado em 2007 durante o governo Lula para alavancar investimentos em obras consideradas fundamentais em infraestrutura logística, energética, social e urbana. À época, o programa era responsabilidade da Casa Civil, então chefiada por Dilma. No início do programa, a presidente foi apelidada pelo próprio Lula de a “mãe do PAC”.

Mauro Lopes tomou posse e está ameaçado de expulsão do PMDB Divulgação

Além de responder pela gestão do programa, o ex-presidente Lula terá papel fundamental na articulação do governo para tentar barrar impeachment contra Dilma na Câmara.

Uma de suas principais tarefas é tentar impedir a saída do PMDB da base aliada ao Planalto. Nesta quinta-feira, o partido ganhou mais um ministério com a posse do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) para a pasta da Aviação Civil. Agora o PMDB conta com sete ministérios.

Mas a nomeação de Mauro irritou a cúpula do PMDB, que ameaça expulsar do partido o novo ministro. O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não compareceu à cerimônia de posse de Lopes.

“O vice-presidente não vai participar da cerimônia em Brasília porque o governo resolveu afrontar uma decisão da convenção nacional do PMDB nomeando Mauro Lopes”, alegou Temer, em nota.

O partido vai se reunir no próximo dia 29 para decidir se rompe com o governo de Dilma Rousseff .

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