Por marlos.mendes

Belo Horizonte - Em delação premiada assinada com o Ministério Público de Minas Gerais, o português Firmino Rocha disse que a empresa em que trabalhava pagou propina a Nárcio Rodrigues, ex-presidente do PSDB mineiro e aliado do senador Aécio Neves. Nárcio foi preso anteontem na Operação Aequalis.

Segundo o executivo português, a propina foi de cerca de R$ 1,5 milhão. Parte dos recursos, segundo Firmino, foi destinada ao financiamento ilegal de campanhas eleitorais. Outra parte foi remetida ao paraíso fiscal de Hong Kong em 2014. Na época, Nárcio Rodrigues era secretário estadual de Ciência e Tecnologia do governo do hoje senador Antonio Anastasia (PSDB).

O ex-deputado Nárcio Rodrigues é aliado do senador Aécio Neves Câmara dos Deputados / 11.02.2009

Aos procuradores, Firmino explicou que a propina teve origem em contrato superfaturado de venda de equipamentos para o centro de pesquisa mineiro “Cidade das Águas”.

Segundo a Controladoria-Geral de Minas Gerais, que investigou a obra em conjunto com o Ministério Público, os equipamentos foram comprados sem licitação e com superfaturamento de R$ 3,8 milhões. Apesar de terem sido pagos, os equipamentos não teriam sido entregues, gerando prejuízo de R$ 8 milhões ao governo mineiro.

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