Por felipe.martins

Rio - A maior parte da propina envolvendo o FI-FGTS era destinada ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação está na delação premiada feita pelo ex-vice-presidente da Caixa Fabio Cleto. Segundo ele, 80% dos recursos desviados iam para Cunha.

À PF, o ex-diretor da Caixa disse que o doleiro Lúcio Funaro _ preso ontem pela Operação Sépsis_ ficaria com os 12% restantes da propina.  Em nota, Cunha afirmou que “desconhece” o depoimento de Fábio Cleto. “Desconheço a delação, desminto os fatos divulgados, não recebi qualquer vantagem indevida, desafio a provar e, se ele cometeu qualquer irregularidade, que responda por ela”, afirmou Cunha, em comunicado divulgado por sua assessoria.

Mais tarde, ele divulgou nova nota afirmando que as acusações contra ele são feitas com base em “palavras de um delator, com histórias fantasiosas”. Na delação premiada, Cleto afirmou que os encontros com Cunha teriam ocorrido no apartamento funcional do deputado afastado e, depois na residência oficial da Presidência da Câmara, quando o peemedebista assumiu o comando da Casa em fevereiro de 2015.

Cunha e Cleto foram denunciados pela Procuradoria ao Supremo Tribunal Federal esquema na Caixa. Também foram alvos o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Alexandre Margotto, assessor de Lúcio Funaro. No mês passado, Cunha afirmou que deu apoio à indicação de Cleto pela bancada do PMDB do Rio de Janeiro para ocupar uma vice-presidência da Caixa. Em dezembro de 2015, Cleto foi exonerado do banco por determinação da hoje presidente afastada Dilma Rousseff.

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