Por gabriela.mattos

Brasília - As declarações contraditórias da mulher de 22 anos que acusou o deputado Pr. Feliciano de agressão e assédio sexual, e o silêncio do parlamentar desde terça-feira de nada adiantaram para acobertar uma história misteriosa até agora – a qual cabe à polícia apurar. A mãe da jovem, entrevistada pela coluna, revela que a flagrou aos prantos na faculdade onde estuda, no dia da relatada agressão do parlamentar. “Ela estava com a boca roxa e uma mancha roxa numa perna”. O mistério cresceu. “Ela pediu conta de CNPJ para depósito”, revela a mãe, segundo a mesma para não deixar rastros pessoais. O pedido, num telefonema, veio da filha em São Paulo, quando já estava tutelada por assessores de Feliciano e gravou vídeos de apoio ao político.

Áudio entrega

No mesmo dia, a jovem recuou da denúncia, evitou o B.O. policial e mentiu nas redes sociais de que fora pressionada ‘pela esquerda’. Foi desmascarada pelo áudio.

Confirmação

No áudio, publicado no nosso canal no Youtube, a garota conversa com o homem que se apresenta Chefe de Gabinete de Feliciano. Ele é Talma Bauer. Ela ratifica a agressão.

Proteção

Desde o início, para preservar a identidade e a integridade dos personagens envolvidos, a Coluna não divulga os nomes e iniciais da suposta vítima e parentes.

A fila anda

A despeito do calor do impeachment de Dilma Rousseff, a bancada feminina da Câmara se mobiliza. A deputada Érika Kokay prepara denúncia à PGR para investigar Feliciano.

Tá bom..

O deputado Feliciano continua calado. Ontem, resumiu-se a postar no Twitter algo sobre o poder do silêncio. A amigos, confidenciou que ‘tudo vai ser diferente..’

Brecou a roleta

O lobby da legalização dos jogos levou uma bomba. A base governista que o apoia dormiu na jogada e o PLS 186/14 foi retirado de plenário. Retornou para a Comissão de Desenvolvimento Nacional após requerimento aprovado. A justificativa é debater mais detalhadamente com o MP o combate à lavagem de dinheiro.

Marcha lenta..

As recentes e escandalosas fraudes em licitações que envolvem empresas de ônibus em 19 cidades de Norte a Sul do País poderiam ter sido investigadas e denunciadas há mais de nove anos por uma CPI do Senado.

.. e passageiros

..a proposta do ex-senador Valmir Amaral (empresário de empresa de ônibus e suplente do hoje encarcerado Luiz Estevão) foi barrada pelo hoje líder do PMDB e apontado como futuro presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Versão

O milionário senador Eunício Oliveira – dono de empresas que fornecem mão de obra terceirizada a órgãos públicos - teria articulado para evitar que a comissão alcançasse o número mínimo de assinaturas (27) para que a CPI fosse instalada, na versão de Valmir.

Par e passo

Três ministros do Governo de Michel Temer foram destacados para acompanhar de perto o processo do impeachment no Senado: Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Executiva das privatizações) e Geddel Lima (Secretaria de Governo).

A conferir

A ordem do chefe ao trio é manter contato diário com senadores para garantir uma derrota expressiva de Dilma no primeiro julgamento (9 de agosto) e pavimentar o afastamento definitivo da petista no segundo – previsto para o fim do mês.

Ponto Final

“Sérgio Moro expressa uma corrente do Direito que é bem próxima ao fascismo”

Do deputado Wadih Damus (PT-RJ), após o depoimento do juiz da Lava Jato na Câmara, pedindo aplausos, mas sem plateia.

?Coluna de Leandro Mazzini

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