"Os advogados eram verdadeiros 'funcionários' do PCC e recebiam altos salários, que chegavam a até R$ 100 mil", diz Everson Aparecido Contelli, de 41 anos, delegado titular da Central de Polícia Judiciária(CPJ) de Presidente Venceslau, um dos responsáveis pelas investigações que duraram um ano e meio.
"O advogado ganhava em média R$ 9 mil por mês e alguns recebiam R$ 20 mil, R$ 30 mil e até R$ 100 mil", afirmou o policial. Ele esclarece que o valor maior de R$ 100 mil destinava-se, principalmente, ao pagamento de despesas médicas dos membros da organização.
No inquérito de 41 volumes, cada um com 200 páginas, os advogados e os 14 presidiários são acusados de vários delitos, como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa.
Marcola
Um dos presidiários é Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC. Ele é apontado como um dos coordenadores do esquema de corrupção. "A pena dele pode ser aumentada e agravada, mesmo já estando preso", completou o delegado.