Por bianca.lobianco
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Rio - O governador Geraldo Alckmin parece estar, como dizia Leonel Brizola, "costeando o alambrado", ou seja, abrindo caminho para deixar o PSDB no momento em que o partido busca ocupar mais espaço no governo Temer.

Na semana passada, após uma cerimônia no Ministério Público Estadual,Alckmin se posicionou contra a principal bandeira defendida por seu partido atualmente, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, conhecida como PEC do Teto: “Se nós vamos ter por 20 anos nada a aumentar acima da inflação, já começa que a saúde é dolarizada e aumenta acima da inflação. A demanda cresce, a medicina fica mais sofisticada, a população, mais idosa. A conta não fecha”,, disse Alckmin, em sua primeira manifestação contra a proposta.

Alckmin também não apoiou a movimentação tucana para conseguir mais espaço no governo Temer e considera que a ida de Imbassahy para o cargo que foi de Geddel Vieria Lima — a Secretaria de Governo, que cuida da articulação política — pode enfraquecer o partido. "O PSDB é que vai pagar a conta pelo desgaste do governo. O partido não devia buscar cargos", disse o deputado estadual Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista, e aliado de Alckmin, ao jornal O Estado de S. Paulo.

A renovação do mandato do senador Aécio Neves — rival de Alckmin na indicação para a candidatura a presidente pelo PSDB em 2018 — na presidência da legenda também irritou Alckmin. "A prorrogação não foi uma coisa boa. Esse era o momento de democratizar essa decisão", disse o deputado Vanderlei Macris (SP), ligado ao governador.
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O destino mais provável do governador de São Paulo pode ser o PSB, partido do seu vice, Márcio França.
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