Por caio.belandi

Goiás - O piloto do avião interceptado pela Força Áerea Brasileira (FAB), no domingo, em Jussara (GO), com mais de 500kg de cocaína, foi preso na noite desta segunda-feira, em Itapirapuã (GO), a 40 km de onde a aeronave foi abatida.

Sem ferimentos, Apoena Índio do Brasil e o copiloto, Fabiano Júnior da Silva, foram detidos pela Polícia Federal. E de acordo com o delegado do caso, Bruno Gama, o piloto informou um plano de voo falso à FAB, onde afirmava que o avião decolou da Fazenda Itamarati Norte, em Campo Novo do Parecis (MT), que pertence ao grupo empresarial da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. 

Segundo o Gama, Apoena alegou que a droga saiu da Bolívia e o avião não passou pela propriedade do ministro. "Ele informou que repassou um plano de voo como se tivesse saído de uma fazenda no Mato Grosso, e que fosse a outra fazenda, mas na verdade, como ele mesmo alegou, seria um plano de voo falso. Ele não saiu daquela fazenda", disse o delegado à TV Anhanguera.

O piloto (de camisa vermelha) chega para depor à PF. Segundo delegado%2C plano de voo era falso e avião veio da BolíviaReprodução/TV Anhanguera

Nesta segunda-feira, no Twitter, o ministro disse que a fazenda é extensa e, assim como outras no Mato Grosso, "vulnerável à ação do tráfico internacional pelas fronteiras que possui". "Há 6 anos, eu defendia a necessidade da união das forças de segurança no combate ao tráfico. Estou acompanhando as investigações da FAB sobre o local de decolagem da aeronave. Quando confirmado, informo", escreveu.

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