Brasília - O novo presidente do DEM, ACM Neto, afirmou nesta quinta-feira, 8, que o nome do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), poderá ser a "grande surpresa" das eleições deste ano. O partido lança à noite o deputado como pré-candidato à Presidência. "Maia pode ser o grande fato novo, a grande surpresa desta eleição", disse ACM Neto, ao chegar para a convenção do DEM em Brasília.
O prefeito de Salvador minimizou o fato de Maia ter apenas um 1% das intenções de voto nas pesquisas. "Ele ainda é desconhecido porque ainda não é candidato", avaliou.
De acordo com ACM Neto, a ideia é que Maia comece a viajar pelo País já na próxima semana. Ele, no entanto, disse que a agenda de candidato do presidente da Câmara não vai atrapalhar o andamento dos trabalhos legislativos.
ACM Neto também voltou a afirmar que, por ora, o partido não vai fazer uma aliança com o PSDB para apoiar a pré-candidatura de Geraldo Alckmin. "Neste momento, não cogitamos nenhuma possibilidade de apoiar o PSDB, mas o PSDB não é nosso adversário, Alckmin não é nosso adversário. Mais para frente, podemos conversar", disse.
O prefeito de Salvador afirmou ainda que o DEM tem mantido conversas com diversos partidos que podem vir a apoiar o nome de Maia. "Temos conversado com PP, PHS, PSC, PR, Solidariedade. Só não estamos conversando com o PT", afirmou.
Sem se comprometer com a defesa da reforma da Previdência durante a campanha, o novo presidente do DEM afirmou que esse será um tema inevitável nos debater eleitorais. O partido não incluiu as mudanças nas regras da aposentadoria no manifesto que lança nesta quinta.
ACM Neto também afirmou que vai decidir até o final da próxima semana se vai deixar a prefeitura de Salvador para disputar o governo da Bahia.
Apoio
Dirigentes de diversos partidos da base aliada do governo Michel Temer prestigiam a convenção nacional do DEM na qual a legenda lançará o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), como pré-candidato à Presidência da República.
Estão presentes, lideranças do MDB, PSDB, PP, PR, Solidariedade, PRB, PV, PSC, Avante e PHS.
Presidente do Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, foi um dos participantes com um discurso direto de apoio à Maia durante o evento. "Temos uma esperança muito grande em você. Estamos aqui, um grupo de partidos, meio sem rumo, sem ter o que fazer. Acho que a única pessoa que pode unir esse grupo é Rodrigo Maia", disse.
Presidente do PRB, o ex-ministro do governo Michel Temer Marcos Pereira afirmou que seu partido está "junto" com Maia. "Estamos juntos. O Brasil precisa de pessoas jovens, como Rodrigo Maia e ACM Neto".
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que a sigla tem "grande esperança" em Maia e estará ao lado dele nas viagens que o deputado pretende fazer pelo país para se tornar mais conhecido. "Nós progressistas temos uma grande esperança em você. Sei que vai percorrer o País, e os progressistas estarão ao seu lado. Vá em frente, conte com os progressistas", discursou.
Partido alvo de críticas por parte de Maia, o PSDB prestigia a convenção com lideranças como o secretário-geral do partido, deputado Marcus Pestana (MG); o líder da legenda na Câmara, Nilson Leitão (MT); além dos ex-ministros de Temer e atuais deputados Antonio Imbassahy (BA) e Bruno Araújo (PE).
A legenda tem como pré-candidato ao Planalto o governador Geraldo Alckmin (SP), que foi criticado por Maia na quarta-feira. De acordo com o ex-presidente do DEM, senador José Agripino (RN), Alckmin ligou para justificar que não compareceria à convenção pois está em viagem oficial aos Estados Unidos.
Do MDB, estão presentes o presidente, senador Romero Jucá (RR), o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (MG), e o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está preso por conta da Operação Lava Jato. Partido de Temer, o MDB também pretende lançar candidatura própria.
De ministros do governo Temer, estão presentes apenas o titular da Educação, Mendonça Filho, que é do DEM, e o das Cidades, Alexandre Baldy, que deve se filiar ao PP e é um dos principais aliados de Rodrigo Maia.
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