Distrito Federal - A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um grupo criminoso de ciganos, acusados de crimes bárbaros praticados entre 2012 e 2017, no Distrito Federal e em Goiás. O último dos quatro foragidos foi capturado na quinta-feira (22). As investigações apontaram que os ciganos chegavam às localidades com nomes fictícios e, após cometerem os crimes, fugiam para outros estados, o que dificultava a identificação e captura deles.

Em Planaltina, o grupo é suspeito de dois crimes bárbaros que chocaram a população do Distrito Federal. O primeiro ocorreu em outubro de 2016, no bairro Sulamericana. Três indivíduos invadiram a casa de um idoso, de 88 anos, e esfaquearam a vítima, com inúmeros golpes, para roubar o cartão de benefício e sacar a quantia de R$ 800. O idoso sofreu várias lesões na cabeça e teve de amputar vários dedos das mãos em razão da violência praticada pelos autores.

O segundo crime resultou na morte de um caseiro, em outubro de 2017, em uma chácara no Núcleo Rural Sarandy. Um dos autores do crime anterior, na companhia de um comparsa, invadiu à noite a chácara, onde a vítima morava e trabalhava há dois anos, e rendeu o caseiro, amarrando-o e esfaqueando-o até a morte. Como demonstração de brutalidade, os autores deixaram duas facas encravadas no corpo da vítima.

A polícia explica que, a partir de investigações, identificou os quatro responsáveis pelos crimes. O último foragido foi capturado na última quinta-feira.

De acordo com a delegacia, as prisões dos criminosos ocorreram em Minas Gerais, em Goiás e no Distrito Federal. Um dos autores tinha oito mandados de prisão expedidos pela Justiça de Goiás, sendo capturado na cidade de Buritis, em Minas, na companhia de um comparsa, acusado de participar do latrocínio contra o caseiro. Um terceiro homem foi preso em Planaltina e o último em Anápolis, em Goiás.

Esse foragido, que possuía oito mandados de prisão em aberto, preso durante a operação, é acusado de ser um dos autores da chacina ocorrida em 2013, em Anápolis, quando cinco pessoas da mesma família foram mortas com requintes de crueldade. As vítimas foram colocadas de joelhos e, ainda vivas, tiveram as orelhas decepadas.

Outro crime praticado pelo mesmo autor foi o estupro de uma criança em Caldas Novas, na frente do próprio pai da vítima. Dias após esse crime, o pai da criança se suicidou. Outra prática comum desse criminoso era roubar mulheres e, em seguida, estuprá-las.

Os quatro autores foram recolhidos ao cárcere da PCDF.