Curitiba - O PT se mantinha montado até a noite de ontem o acampamento em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente Lula está preso. "Não recebemos qualquer notificação de multa contra o acampamento e seguimos em negociação permanente com as autoridades", disse o partido, em nota.
O Tribunal de Justiça do Paraná determinou que os manifestantes acampados devem pagar multa diária de R$ 500 mil, caso não cumpram ordem judicial de deixar a área. A decisão foi proferida na sexta-feira pelo juiz substituto da 3ª Vara da Fazenda Pública, Jailton Juan Carlos Tontiniu.
Os movimentos citados na decisão são: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Partido dos Trabalhadores (PT-PR), Movimento Curitiba contra Corrupção, Movimento Brasil Livre (MBL) e o Movimento UFPR Livre. Segundo a prefeitura de Curitiba, cerca de 500 pessoas estão acampadas no entorno do prédio da PF "causando transtornos e a precarização na prestação dos serviços públicos aos moradores pelo bloqueio às ruas".
No despacho, o juiz explica que a medida visa a evitar o uso da força policial e dissuadir os réus que descumpriram a liminar concedida semana passada pela Justiça à prefeitura de Curitiba. A liminar proíbe os manifestantes de transitar nas áreas determinadas, impedir o trânsito de pessoas e montar estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade.
Atividades
"Mantemos nossas atividades culturais e políticas e seguimos recebendo solidariedade da população. O abastecimento de alimentos e itens de higiene garante a manutenção de mais de 2 mil pessoas circulando no acampamento", disse a nota do partido, que classificou a decisão da Justiça como um "escândalo". No domingo, várias atividades foram realizadas no local, que recebeu visitantes de outros estados.
A Prefeitura pediu à Justiça que Lula seja transferido para outro local, devido a problemas de segurança e reclamações dos moradores do bairro Santa Cândida. O Sindicato dos Delegados da Polícia Federal também solicitou a transferência de Lula.
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