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FHC diz que escândalo de Aécio pode abalar Alckmin na corrida presidencial

Ex-presidente foi entrevistado no 'Conversa Com Bial' da madrugada desta quinta

Fernando Henrique CardosoRamón Vasconcelos / TV Globo
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 26/04/2018 04:00

São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu que a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Planalto neste ano pode ser abalada pelos escândalos envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-presidente nacional do partido.

No programa "Conversa Com Bial" da madrugada desta quinta-feira, FHC foi questionado sobre sua declaração que definiu Alckmin como "corredor de maratona, não de 100 metros", como forma de minimizar os baixos índices de intenção de votos do ex-governador de São Paulo nas pesquisas da disputa presidencial.

"Que abala, abala. Pode abalar. Se vai minar, vamos ver, dependendo da energia do maratonista e da capacidade que ele tem de conseguir apoio", disse.

Efeitos de decisão do STF

Pedro Bial e Fernando Henrique CardosoRamón Vasconcelos / TV Globo

Sobre os efeitos nas pretensões tucanas após Aécio ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e obstrução da Justiça, o ex-presidente defendeu que é preciso aguardar.

"Temos de ser prudentes em olhar quais vão ser as consequências, depende da resposta política que as pessoas derem", disse.

O ex-presidente foi confrontado se, após o caso Aécio, não ficaria impossível sustentar que a corrupção do PSDB não tenha sido tão sistêmica quanto a do PT.

"Quando se diz sistêmica, quer dizer o que? Não é que foi muitas pessoas. Quer dizer que foi uma organização que beneficiou partidos que estão no poder e que utilizou empresas públicas para aumentar o valor dos contratos, passar para empresas privadas e para os partidos", disse. "O que foi dito sobre o Aécio não tem nenhum tesoureiro envolvido. No caso do mensalão e do petrolão é o contrário. Os dois são ruins, mas são diferentes. Por enquanto são atos individuais (de Aécio)."

FHC disse que espera ver Alckmin no segundo turno. Mas, caso o tucano não chegue lá, vai "tentar ver quem é o melhor para o Brasil".

Fernando Henrique CardosoRamón Vasconcelos / TV Globo

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FHC diz que escândalo de Aécio pode abalar Alckmin na corrida presidencial

Ex-presidente foi entrevistado no 'Conversa Com Bial' da madrugada desta quinta

Fernando Henrique CardosoRamón Vasconcelos / TV Globo
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 26/04/2018 04:00

São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu que a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Planalto neste ano pode ser abalada pelos escândalos envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-presidente nacional do partido.

No programa "Conversa Com Bial" da madrugada desta quinta-feira, FHC foi questionado sobre sua declaração que definiu Alckmin como "corredor de maratona, não de 100 metros", como forma de minimizar os baixos índices de intenção de votos do ex-governador de São Paulo nas pesquisas da disputa presidencial.

"Que abala, abala. Pode abalar. Se vai minar, vamos ver, dependendo da energia do maratonista e da capacidade que ele tem de conseguir apoio", disse.

Efeitos de decisão do STF

Pedro Bial e Fernando Henrique CardosoRamón Vasconcelos / TV Globo

Sobre os efeitos nas pretensões tucanas após Aécio ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e obstrução da Justiça, o ex-presidente defendeu que é preciso aguardar.

"Temos de ser prudentes em olhar quais vão ser as consequências, depende da resposta política que as pessoas derem", disse.

O ex-presidente foi confrontado se, após o caso Aécio, não ficaria impossível sustentar que a corrupção do PSDB não tenha sido tão sistêmica quanto a do PT.

"Quando se diz sistêmica, quer dizer o que? Não é que foi muitas pessoas. Quer dizer que foi uma organização que beneficiou partidos que estão no poder e que utilizou empresas públicas para aumentar o valor dos contratos, passar para empresas privadas e para os partidos", disse. "O que foi dito sobre o Aécio não tem nenhum tesoureiro envolvido. No caso do mensalão e do petrolão é o contrário. Os dois são ruins, mas são diferentes. Por enquanto são atos individuais (de Aécio)."

FHC disse que espera ver Alckmin no segundo turno. Mas, caso o tucano não chegue lá, vai "tentar ver quem é o melhor para o Brasil".

Fernando Henrique CardosoRamón Vasconcelos / TV Globo

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