Homem se exalta e agride adolescente em fila do McDonald's, no RecifeReprodução/Youtube
Por Beatriz Perez
Publicado 04/05/2018 16:17 | Atualizado 04/05/2018 18:01

Recife - Um vídeo que viralizou na internet e tem causado muita polêmica nas redes sociais mostra um adolescente de 17 anos, filho de uma juíza do Trabalho e neto de um ex-ministro da Justiça do governo Sarney, sendo agredido por um homem em uma fila do McDonald's. 

O caso aconteceu na noite desta quarta-feira em Boa Viagem, no Recife. No vídeo, o agressor, identificado como Wenceslau Silva Santos, grita com o rapaz, agarra seu pescoço e lhe dá um tapa no rosto, enquanto o adolescente pede desculpas.

A Polícia Civil informou que a advogada do agressor esteve nesta sexta-feira na delegacia e disse que ele vai se apresentar, mas a assessoria não informou se alguma data foi marcada. 

Em sua rede social, a vítima P.H.L. diz que deu um grito quando seu lanche chegou, o que acabou assustando a filha do homem, que se descontrolou.

"Depois de me agredir, ele ainda partiu para cima de uma mulher que tomou as minhas dores. Admito que meu grito foi desnecessário, mas a reação dele foi pior", escreveu.

O rapaz é de uma tradicional família de Pernambuco. É filho da juíza do Trabalho Juliana Lyra e neto de Fernando Lyra, ex-ministro da Justiça do governo Sarney e deputado federal por seis vezes.

Veículos da imprensa local divulgaram que Wenceslau Silva Santos trabalharia em uma empresa de vendas no ramo de concreto. Após ataques na internet, o homem deletou sua página em uma rede social, mas a loja, onde supostamente ele trabalharia, foi alvo de ataques e pressão para que o homem fosse demitido. Ele é acusado nas redes de ter tido um comportamento homofóbico pelo teor dos xingamentos que dirigiu ao garoto. A empresa, no entanto, publicou uma nota negando que o agressor trabalhe lá. 

A Polícia Civil de Pernambuco informa que instaurou procedimento para investigar a denúncia de lesão corporal contra o adolescente. Ele foi encaminhado para exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) e o caso está sendo investigado pelo Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA). A Polícia Civil de Pernambuco informa ainda que voltará a se manifestar após a conclusão das investigações.

Em nota, a lanchonete disse que lamenta o ocorrido: "reforçarmos que o McDonald’s é um local que se preza por oferecer bons momentos aos seus consumidores".

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