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Publicado 09/05/2018 03:00

Após o tuíte em que Joaquim Barbosa anunciou que não iria enfrentar a campanha a presidente, começou a disputa para herdar as intenções de votos que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federa (STF) exibia nas pesquisas. De Jair Bolsonaro (PSL) a Ciro Gomes (PDT), todos podem ser beneficiados.

A pesquisa Datafolha mostrou Barbosa, no mês passado, com 9% das intenções de voto em cenários sem a presença do ex-presidente Lula, empatado ou até ligeiramente à frente de veteranos de corridas presidenciais, como Alckmin e Ciro, que ontem comemoraram discretamente a desistência de Barbosa.

"Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a presidente da República. Decisão estritamente pessoal", escreveu o ex-ministro no Twitter. Barbosa havia se filiado ao PSB no final de abril e, portanto, não tem nenhuma experiência na atividade política.

Na semana passada, o presidente do PSB, Carlos Siqueira,esteve com Barbosa. Juntos, acertaram a contratação de assessores e encontros com especialistas para discutir um plano de governo. "Ele recuou; é compreensível", declarou o dirigente ontem. Siqueira foi avisado da desistência, por Barbosa, alguns minutos antes do anúncio público.

Para o cientista político Cláudio Couto (FGV), todas as candidaturas já postas ganham com a saída de Barbosa do páreo, já que ele atraía eleitores de esquerda e de direita.

Os mais favorecidos, para o pesquisador, seriam Bolsonaro, que dividia com o jurista o posto de candidatura 'antissistema', e os nomes da centro-esquerda, como Ciro Gomes e Marina Silva (Rede), vice-líder nas pesquisas nas quais Lula não aparece, pela afinidade ideológica.

Para Couto, no entanto, o maior beneficiado deve ser mesmo Ciro, que teria mais condições de atrair o PSB.

O ex-deputado e dirigente do partido Beto Albuquerque, no entanto, prevê um racha. "Seja Ciro, Alckmin, Marina Silva... o PSB ganharia de um lado e perderia do outro".

Enquanto isso, no Rio, Alckmin disse que ele e o PSB "já estariam juntos", se dependesse dele.

 

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