Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro Nelson Almeida / AFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Em meio ao nervosismo do mercado financeiro em relação ao Brasil, pela incerteza eleitoral e a falta de um presidenciável reformista competitivo nas eleições, lideranças do PT dirigiram críticas ao mercado durante o evento de "lançamento oficial" da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ato ocorre nesta sexta-feira, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

"O mercado está assustado. Fizeram mil pesquisas, a Bolsa caiu e o dólar subiu porque eles descobriram que vão perder a eleição. Eles nem têm candidato", disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ). O senador defendeu que 100% da Petrobras seja estatal. Para ele, abrir o capital da estatal em 1997 foi um erro.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que Lula é o maior medo do mercado financeiro, mas que a eleição do ex-presidente representaria crescimento econômico, geração de empregos e lucro para as empresas.

O ato também serviu para declarar apoio à reeleição do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e para apoiar o lançamento de uma candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado.

No evento, líderes petistas também afastaram a possibilidade de uma aliança com outros partidos de esquerda que não considerem a candidatura de Lula como única possibilidade. "Quem tiver alguma dúvida que tire seu cavalinho da chuva porque o PT vai ter candidato e o candidato é Lula", disse o líder da minoria no Senado, Humberto Costa, ao falar que respeitava os demais presidenciáveis de esquerda.

No evento, foram distribuídas máscaras com o rosto de Lula para o público. Durante o lançamento, o PT divulgou um manifesto assinado pelo petista, em que o ex-presidente reafirmou que será candidato à Presidência. "E assim vou me preparando, com fé em Deus e muita confiança, para o dia do reencontro com o querido povo brasileiro. E esse reencontro só não ocorrerá se a vida me faltar."

As lideranças do partido reforçaram a intenção de registrar Lula na Justiça Eleitoral no dia 15 de agosto e mantiveram o discurso oficial de que não há "plano B" para a legenda.

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