Brasília - A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, nesta quinta-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação por mais 60 dias do inquérito que tem o presidente Michel Temer (MDB) e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) como investigados. A prorrogação será decidida pelo relator do caso, o ministro Edson Fachin.
O caso envolve o suposto favorecimento da empresa Odebrecht durante o período em que Padilha e Moreira Franco foram ministros da Secretaria da Aviação Civil, entre os anos de 2013 e 2015. Na época, Temer era vice-presidente do país.
De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratar de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB, atualmente MDB, partido de Temer.
Após ser incluindo no inquérito pelo ministro Edson Fachin, o presidente Temer enviou uma carta à PGR defendendo que o presidente da República deve responder somente “por atos que guardem estrita relação com o exercício do mandato”.
O Palácio do Planalto informou que não irá comentar o pedido da PGR.