Sala foi encontrada com mensagens de ódio na Fundação Armando Álvares Penteado, em São PauloReprodução/ Facebook
Por O Dia
Publicado 26/09/2018 16:58 | Atualizado 26/09/2018 17:04

São Paulo - Uma sala de aula da área de comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) sofreu um ataque de vandalismo com frases homofóbicas, machistas e de apoio a ditadura, escritas em paredes, murais, poesias e desenhos. Segundo uma estudante que compartilhou as imagens no Facebook, o local invadido era uma sala criativa. "O que era para um ser um local de respeito, aceitação, acolhimento, amor e paz, foi completamente vandalizado por pessoas que escreveram esses horrores nos desenhos, pinturas, poemas das pessoas", lamentou. 

Sala foi encontrada com mensagens de ódio na Fundação Armando Álvares Penteado, em São PauloReprodução/ Facebook

Sobre uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBTI (Lésbicas, Gay, Bissexuais, Transgênero e Intersexuais), com os dizeres “love is love” , amor é amor, em uma tradução livre foi escrito “tapa na cara das puta” e “falta de surra”.

Sala foi encontrada com mensagens de ódio na Fundação Armando Álvares Penteado, em São PauloReprodução/ Facebook

Em uma lousa foi grafado “intervenção já, Ustra herói brasileiro”, em referência a Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-militar reconhecido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo como responsável por torturas praticadas no período da ditadura militar no Brasil. Também foi escrito “higienização já, esquerda fede”. O ex-militar foi homenageado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) na sessão de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Sala foi encontrada com mensagens de ódio na Fundação Armando Álvares Penteado, em São PauloReprodução/ Facebook

O número eleitoral do presidenciável foi espalhado pelo local, com as inscrições “17 neles” e “ele sim”, em oposição ao movimento “#ele não”, mobilização contrária ao candidato Jair Bolsonaro e que ganhou repercussão nas redes sociais.

Sala foi encontrada com mensagens de ódio na Fundação Armando Álvares Penteado, em São PauloReprodução/ Facebook

Em nota, a Faap disse que repudia todo tipo de desrespeito, violência e discriminação. “O fato ocorrido se restringe a uma divergência entre os alunos, que são capazes e estimulados a debater entre eles. Em relação à violação do espaço da sala de aula, já foram tomadas as providências cabíveis para garantir a manutenção desse ambiente que estimula a criatividade, a autonomia e a livre expressão de seus alunos”.

* Com informações da Agência Brasil

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