Não houve bloqueios no trajeto até o local do interrogatório - Reprodução/ RPC TV
Não houve bloqueios no trajeto até o local do interrogatórioReprodução/ RPC TV
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a dar seu depoimento no processo relacionado ao sítio de Atibaia, em Curitiba.

De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná, o interrogatório de Lula começou às 15h09. Antes, o empresário José Carlos Bumlai foi ouvido pela juíza Gabriela Hardt, que conduz os interrogatórios.

O conteúdo dos depoimentos será disponibilizado após o término da audiência, sem previsão de horário para acabar. 

É a primeira vez que Lula deixa a prisão em sete meses.

O depoimento se refere a um dos processos da Operação Lava Jato relativo ao sítio Santa Bárbara de Atibaia (SP). A juíza federal substituta Gabriela Hardt conduz a oitiva.

Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal, substitui o juiz federal Sergio Moro, que aceitou ser ministro da Justiça do governo eleito Jair Bolsonaro. De férias e informando que irá pedir exoneração do cargo, Moro é substituído por Hardt.

O ex-presidente foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em outro processo, o caso do triplex em Guarujá (SP).

Caso

O ex-presidente foi denunciado por recebimento de propina das construtoras OAS e Odebrecht. Outras 12 pessoas também estão denunciadas no processo. Lula nega as acusações e diz não ser dono do sítio. De acordo com as investigações, foram feitas reformas e melhorias no patrimônio.

Pelas investigações, as reformas no sítio começaram após a compra da propriedade pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos de Lula. No laudo elaborado pela Polícia Federal, em 2016, os peritos citam as obras que foram realizadas, entre elas a de uma cozinha avaliada em R$ 252 mil.

A estimativa é de que tenha sido gasto um valor de cerca de R$ 1,7 milhão, somando a compra do sítio (R$ 1,1 milhão) e a reforma (R$ 544,8 mil). A defesa de Lula sustenta que a propriedade era frequentada pela família do ex-presidente, mas ele não é proprietário do sítio.

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