Daniel defendeu o Botafogo em 2014: morte trágica após uma festa - Vitor Silva / SS Press / Botafogo
Daniel defendeu o Botafogo em 2014: morte trágica após uma festaVitor Silva / SS Press / Botafogo
Por O Dia

Rio - Um sétimo suspeito de envolvimento na morte do jogador Daniel Freitas, de 24 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira pela Polícia Civil de São José dos Pinhais, no Paraná. A polícia informou que Eduardo Purkote Chiuratto, de 18 anos, foi preso por ter quebrado o celular do jogador, arrombado a porta do quarto de Cristiana Brittes e participado das agressões dentro e fora da casa. Segundo Evellyn Brizola, que ficou com Daniel na noite da festa, Purkote também teria pego a faca do crime na casa da família Brittes.  

Purkote foi preso em casa, em um condomínio de luxo, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Ele já foi ouvido pela polícia, e deve prestar outro depoimento na próxima segunda-feira às 10 horas da manhã. A defesa diz que o jovem de 18 anos é inocente e que o envolvimento dele no crime citado por testemunhas é mentiroso.

Sete suspeitos de envolvimento no crime estão presos: Edison Brittes, autor confesso do assassinato, Cristiana Brittes, mulher de Edison, Allana Brites, filha de Edison, Eduardo da Silva, primo de Cristiana, Ygor King, David Willian e Eduardo Purkote. De acordo com o delegado, todos serão indiciados por homicídio qualificado.

Os depoimentos divulgados pela TV Globo apontam que Eduardo Purkote e um irmão gêmeo participaram da festa. Edison disse ao delegado que os gêmeos chegaram na casa por volta das sete horas da manhã do dia do assassinato. O irmão de Eduardo, no entanto, não participou do crime, e tentou impedir Eduardo Purkote de participar das agressões a Daniel. 

Os gêmeos se encontraram com a família Brittes e outro suspeito em um shopping em São José dos Pinhais dois dias depois do assassinato. Segundo a polícia, Edison queria fechar uma mesma versão para os depoimentos: a de que o jogador saiu da casa sozinho pelo portão, que estaria aberto. Por isso, a família também será indiciada por coação de testemunhas, segundo o delegado Amadeu Trevisan.

"Foram várias pessoas que espancaram o jogador. Ele esteve na mão de quatro ou cinco espancadores e alguns depoimentos nos levam a afirmar que mais pessoas participaram da agressão dentro da casa. Quanto ao local do crime, já ficou delineado quem auxiliou o Edison", explicou o delegado responsável.

Daniel tinha 24 anos, teve uma passagem pelo Coritiba em 2017, pertencia ao São Paulo e estava emprestado ao São Bento de Sorocaba. O jogador aproveitou que não estava relacionado para um jogo do São Bento e veio a Curitiba para participar da festa de aniversário de Alana.

Daniel enviou foto ao lado de Cris Brittes, mulher de Edison, que confessou o assassinato do jogador - Reprodução

Ele foi morto pelo pai da aniversariante após postar fotos em uma rede social na cama do dono da casa, com a mulher dele dormindo. Depois disso ele foi espancado, colocado no porta-malas de um carro e levado para uma área rural, onde foi mutilado e morto.

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