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O Ministério da Saúde corre para tentar evitar que os municípios atendidos sobretudo por médicos cubanos fiquem sem assistência básica, após a saída do país do Mais Médicos. O Ministério da Saúde pretende publicar hoje regras mais flexíveis para conseguir atrair brasileiros para a seleção de interessados em participar do programa aberta às pressas para repor os profissionais do país caribenho. No novo formato, o cronograma é mais curto e os contratados com diploma obtido no exterior serão dispensados de um curso de capacitação, que era exigido desde a criação do programa, em 2013.

Serão ofertadas 8.517 vagas - 8.332 abertas por cubanos que devem deixar suas atividades antes do prazo previsto. A seleção de médicos formados no Brasil, embora ainda prioritária, será feita de modo simultâneo com a de profissionais formados no exterior.De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, entre os mais de 1.500 municípios que têm somente médico cubano no programa, 80% têm menos de 20 mil habitantes e correm risco severo de sofrer com desassistência básica de saúde.

Ao contrário dos editais anteriores, os médicos poderão optar por onde trabalhar. Os candidatos terão até o dia 3 para se apresentar nas cidades selecionadas, e até o dia 7 para iniciar o trabalho. O governo deverá lançar, já na semana que vem, um edital para formados no exterior.

RECÉM FORMADOS

Os cubanos devem deixar o país até o dia 12, informou a Organização Panamericana de Saúde (Opas). O governo também estuda enviar médicos recém-formados para as cidades pequenas e distantes dos grandes centros atendidas pelos cubanos. Os beneficiados pelo Fies teriam desconto na dívida, em troca do trabalho no 'Mais Médicos'.

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