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A Justiça de São Paulo abriu ação penal contra o ex-prefeito e candidato a presidente Fernando Haddad (PT) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base na delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia. Segundo o Ministério Público, Haddad teria solicitado, entre abril e maio de 2013, por meio do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a quantia de R$ 3 milhões a Pessoa para quitar dívidas de campanha com a gráfica de Francisco Carlos de Souza, o 'Chicão Gordo', ex-deputado estadual do PT. Para a promotoria, entre maio e junho daquele ano, a empreiteira repassou a soma de R$ 2,6 milhões.

A decisão foi tomada pelo juiz Leonardo Valente Barreiros, que rejeitou parte da acusação que imputava ao ex-prefeito o crime de quadrilha.

Mendroni sustentou que a agenda de Haddad mostrou que ele recebeu o empreiteiro da UTC pessoalmente. Ricardo Pessoa manteria uma espécie de "contabilidade paralela" junto a Vaccari, relativa a propinas pagas em decorrência de contratos de obras da UTC Engenharia com a Petrobras, com uma "dívida" a saldar, em pagamentos indevidos de propinas, da ordem de R$ 15 milhões.

Segundo a defesa do ex-prefeito, "a denúncia é mais uma tentativa de reciclar a já conhecida e descredibilizada delação de Ricardo Pessoa. Com o mesmo depoimento, sobre os mesmos fatos, de um delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF. (..) Todas sem provas".

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