Namorada de Eduardo Silva, adolescente de 17 anos presta depoimentosReprodução/ RPC
Por O Dia
Publicado 14/11/2018 15:38 | Atualizado 14/11/2018 15:40

Rio - Novos depoimentos dão conta de que Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Freitas, agiu para alterar a cena do crime e ameaçou testemunhas. A Polícia Civil do Paraná ouviu na terça-feira mais duas testemunhas que participaram do pós-festa de Alana Brittes, amiga de Daniel, na casa da família.

Um dos jovens contou que ao ver Edison batendo no jogador Daniel Freitas saiu da casa, pulando o muro.

Casa da família Brittes, onde Daniel foi espancadoReprodução/ RPC

Uma adolescente também depôs. Ela é namorada do suspeito Eduardo Silva, que é primo de Cris Brittes, cuja família diz ter sido vítima de tentativa de estupro por Daniel. Em seu depoimento, a menor de idade reforçou que Edison Brittes mandou os convidados limparem as manchas de sangue da casa. A informação havia sido revelada por Evellyn na segunda-feira, uma jovem que ficou com Daniel naquela noite. As informações foram divulgadas pela TV Globo.

Evellyn também disse que Edison coagiu a todos para darem uma mesma versão dos fatos daquela noite à polícia: a de que o portão da casa ficou aberto e que Daniel teria saído por conta própria sem falar com ninguém.

Segundo a moça que ficou com Daniel, Brittes teria ameaçado os jovens, caso contassem o que realmente aconteceu. Ele teria dito que "todos haviam visto o que é capaz de fazer".

A jovem revelou que Edison mostrou uma 'novidade': a foto do corpo de Daniel no matagal onde foi morto. Na terça-feira ela voltou à Delegacia para reconhecer uma foto. 

Seis pessoas estão presas por suspeita de envolvimento com o crime: Edison Brittes, a mulher, Cristiana Brittes, a filha, Alana Brittes, e três homens que entraram no carro do empresário para levar o jogador até o matagal onde o corpo foi encontrado: Ygor King, David Willian da Silva e Eduardo Silva.

A defesa de Brittes nega que o cliente tenha coagido testemunhas.

Evellyn prestou depoimento na tarde de segunda-feira. Até agora, a polícia ouviu pelo menos 17 testemunhas. 

O advogado disse que Evellyn conhecia Alana há cerca de um ano e foi convidada para a festa. A jovem não conhecia Daniel, apenas o beijou no camarote da casa noturna Shed em Curitiba, onde era celebrada a festa de Allana Brittes. Ela disse que os dois conversaram amenidades como falar sobre os respectivos filhos.

Evelin disse que Daniel chegou à casa da família Brittes, após a festa, sem ser convidado e que ele "não aparentava estar embriagado". Daniel, de acordo com ela, estava "tranquilo e conversava normalmente".

A jovem contou que estava dormindo antes das agressões contra Daniel e que "não ouviu em nenhum momento qualquer solicitação de socorro por parte de Cris". Ela ressaltou que Cristiana Brittes não relatou "abuso sexual ou estupro por parte de Daniel".

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