Ministro da Segurança Pública, Raul JungmannMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por Agência Brasil
Publicado 22/11/2018 08:38 | Atualizado 22/11/2018 16:17

Rio - A Operação Luz na Infância que visa coibir exploração sexual infantil na internet prende 61 pessoas, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (22) pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. As ações seguem até amanhã e mais pessoas podem ser detidas.

“Queremos deixar claro aquilo que já disse anteriormente: não existe anonimato em rede social, não existe impunidade em rede social e a Polícia Federal tem condições de chegar a quem cometer esses crimes”, disse o ministro em coletiva de imprensa.

Segundo o ministro, a operação busca não apenas aqueles que produzem esse tipo de conteúdo, mas também quem compartilha e quem guarda os arquivos no computador. A pena prevista para os crimes variam de 2 a 8 anos de prisão. Jungmann diz que os mandados de busca e apreensão foram expedidos após análise de 500 mil arquivos.

Esta é a terceira fase da Operação Luz na Infância, que foi deflagrada nesta quinta-feira em 18 estados e no Distrito Federal. Ao todo, 300 policiais federais e 725 policiais civis participam das ações.

Pela primeira vez, a operação contou com apoio internacional dos Estados Unidos e da Argentina. “Esse é um crime asqueroso porque ele macula e profana a nossa juventude e as nossas crianças. Evidentemente isso as compromete e compromete também o nosso futuro”, disse Jungmann.

Luz na Infância

A Operação Luz na Infância teve início em outubro de 2017, quando foram cumpridos 157 mandados e 112 abusadores foram presos. Na segunda fase, ocorrida em maio de 2018, 579 mandados de busca foram cumpridos e 251 pessoas foram presas.

Nota divulgada pelo ministério diz que a operação dá “continuidade aos trabalhos de identificação de crimes relacionados ao abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados no meio cibernético”.

Também participa da operação o Corpo de Investigações Judiciais (CIJ) do Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires, na Argentina. O CIJ cumpre simultaneamente no pais vizinho 41 mandados de busca.

“Os alvos internacionais foram identificados após atuação conjunta entre a Diretoria de Inteligência da Senasp e autoridades policiais da Argentina. As ações simultâneas realizadas no Brasil e na Argentina mobilizam um efetivo aproximado de mil policiais”, diz a nota.

Todas as ações no Brasil estão sendo coordenadas entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e as Polícias Civis dos estados e do DF.

 

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