Rio - O presidente eleito, Jair Bolsonaro, comentou as prisões desta quinta-feira que incluiu a do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. Ele disse que a Operação Lava Jato está de parabéns e reforçou que Sergio Moro (futuro ministro da Justiça) terá carta branca para combater a corrupção e o crime organizado. "Com toda certeza, ele (Moro) terá sucesso e os reflexos positivos disso toda a população brasileira sentirá", disse em entrevista à imprensa, após evento de formatura do Exército no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira.
"Parabéns à Lava-Jato. O recado que eu estou dando a vocês é a própria presença do Sergio Moro no Ministério da Justiça, com todos os meios, inclusive o Coaf, para combater a corrupção. Ele pegou o o Ministério da Justiça. É integralmente dele o ministério, sequer influência minha existe em qualquer cargo no ministério", disse.
Mais tarde, Bolsonaro publicou uma mensagem em sua conta no Twitter em apoio à Operação Lava Jato. "Os que hoje se colocam contra ou relativizam a Lava Jato, estão também contra o Brasil e os brasileiros. Todo apoio à operação que está tirando o país das mãos dos que estavam destruindo-o!", escreveu.
Em 2014, Jair Bolsonaro, então eleito deputado federal com o maior número de votos pelo Rio de Janeiro, apoiou, no segundo turno das eleições, Luiz Fernando Pezão para o governo do Rio e Aécio Neves para a Presidência da República.
Bolsonaro diz que vai a jogo de entrega da taça do Palmeiras
Em um momento descontraído, o presidente eleito também confirmou que irá ao estádio ver o próximo jogo do seu time, Palmeiras, campeão do Campeonato Brasileiro, no próximo domingo, no Estádio Allianz Parque, em Sâo Paulo. "O Palmeiras já é campeão. O meu nome, devo ao Jair Rosa Pinto, meia esquerda do Palmeiras. Perguntado se iria levantar a taça, disse que 'não está com essa bola toda'. "É muito para mim", brincou.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), preso na manhã desta quinta-feira, dia 29, ficará na "sala de Estado maior" de numa unidade prisional da Polícia Militar em Niterói, cidade da região metropolitana do Rio, informou o delegado da Polícia Federal Alexandre Bessa, responsável pela investigação.
De acordo com o delegado da PF, a legislação determina a prisão de determinadas autoridades, como o governador, em salas e não em celas comuns. Pezão será encaminhado para a unidade prisional após prestar depoimento na sede da Superintendência da PF no Rio, onde estava pelo menos até as 11h15 desta quinta-feira.