Sergio Moro
 - Carl DE SOUZA / AFP
Sergio Moro Carl DE SOUZA / AFP
Por AFP

Madri - O presidente eleito Jair Bolsonaro não é um risco para a democracia, afirmou nesta segunda-feira, em Madri, o futuro superministro da Justiça, Sérgio Moro, principal nome da Operação Lava Jato.

"Não vejo no presidente eleito um risco de autoritarismo ou risco à democracia", declarou Moro durante uma série de conferências de personalidades da direita latino-americana.

Os críticos de Bolsonaro o consideram um perigo para a democracia por sua nostalgia da ditadura militar, embora durante a campanha tenha prometido ser "um escravo da Constituição".

Moro, responsável pela prisão e condenação por corrupção e lavagem de dinheiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aceitou ser ministro da Justiça e Segurança Pública do novo presidente.

"Por um lado, aceitei a proposta (para entrar no governo) porque eu entendi os compromissos institucionais e democráticos do presidente eleito. E, em segundo lugar, porque eu vi isso como uma oportunidade para impulsionar a luta contra a corrupção no Brasil a partir de outra esfera de poder", argumentou Moro.

O ex-juiz também não teme que Jair Bolsonaro tenha uma política discriminatória contra as minorias.

"As pessoas às vezes fazem declarações infelizes (...), isso não significa que se traduzirão em políticas públicas concretas e não há nada que indique que serão adotadas políticas discriminatórias contra as minorias no Brasil", afirmou.

"Eu nunca aceitaria uma posição no governo se visse o menor risco de discriminação contra as minorias", acrescentou.

 

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