Ministra da Agricultura, Tereza Cristina - Sergio LIMA / AFP
Ministra da Agricultura, Tereza CristinaSergio LIMA / AFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), disse nesta terça-feira, 1º, que os setores de bebidas e fertilizantes podem ser os primeiros a experimentar o que ela vem chamando de sistema de "autocontrole", acabando com as fiscalizações diárias realizadas pelo governo.

A proposta foi pensada, primeiramente, para o setor de frigoríficos, alterando o processo de inspeção de carnes e derivados produzidos no País. Mas, segundo Tereza, esse segmento é "complexo" e, por isso, não deve ser o primeiro a experimentar mudanças nesse sentido. A ministra falou sobre o assunto ao chegar para a cerimônia de posse do presidente eleito Jair Bolsonaro.

"A autogestão ou autocontrole é um processo que começa dentro do ministério. A gente tem que dar condições para os funcionários do ministério fazerem esse autocontrole e ele é um aprendizado. Provavelmente os frigoríficos não serão os primeiros porque esse é o setor mais complexo da cadeia. Mas nós temos o setor de bebidas, que já pode começar, temos o setor de fertilizantes. Nós temos vários setores que são menos sensíveis, que podemos fazer uma aprendizagem dentro e fora . Cada um tendo a sua responsabilidade nesse sistema", afirmou.

A futura ministra disse que isso não significa que o segmento não será fiscalizado. "Qual a melhor coisa que tem? É que cada um vai poder ser responsável pela qualidade do seu produto e o ministério vai fiscalizar, auditar e cobrar duro das indústrias esse controle, que cada um já tem. Se não tiver, vai ter que implantar ou sair do mercado", complementou.

Tereza Cristina disse também que essas mudanças serão feitas gradualmente e que o Ministério da Agricultura não terá "pernas" para atender todo o mercado. "Esse é um processo que nós vamos ter que implantar devagar, com muita responsabilidade porque nós temos mercados lá fora que são diferentes. Agora nós temos certeza de que nós não temos pernas para atender o mercado todo que o Ministério da Agricultura tem para atender", disse.

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