Juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba - Reprodução Youtube AJUFE
Juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal Criminal de CuritibaReprodução Youtube AJUFE
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - Além de Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também acusou a juíza federal Gabriela Hardt de parcialidade, em alegações finais na ação penal em que é acusado de supostas propinas envolvendo as obras do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).

No documento de 1.643 páginas, o ex-presidente nega ter recebido vantagens indevidas e afirma ser vítima de perseguição política. Um dos capítulos é dedicado somente ao ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, e seu aceite para integrar o governo Jair Bolsonaro (PSL).

A defesa também não poupou a substituta de Moro de acusações. Os dez advogados que assinam a peça afirmam que "não obstante a troca do órgão julgador", Lula "permanece sendo processado de forma parcial e afrontosa a seus direitos e garantias individuais".

"É dizer: Trocaram-se os personagens, permanece a postura inquisitória e autoritária em relação ao Defendente, o qual segue sendo tratado e visto como um verdadeiro inimigo, cujas fala e manifestação devem ser, ao máximo, limitadas", sustentam.

Os defensores ainda anexaram às alegações finais de Lula a foto da primeira dama Michele Bolsonaro vestindo uma camiseta com uma frase dita pela juíza ao ex-presidente, no início de seu último interrogatório: "Se começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema".

Os advogados afirmam que "não apenas a conduta da aludida julgadora foi absolutamente agressiva e padecente de razoabilidade com Lula - para não dizer incompatível com respeito que é devido à figura do Ex-Presidente da República - alguns dias após o interrogatório, a midiática frase aqui proferida estampava a camiseta da esposa do antagonista político" de Lula, "hoje primeira dama da República". "Aqui, em óbvio desdém ao ex-presidente e a todo o Judiciário", argumentam.

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