Major Olímpio (PSL-SP) - LUCIO BERNARDO JR/Câmara dos Deputados
Major Olímpio (PSL-SP)LUCIO BERNARDO JR/Câmara dos Deputados
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Candidato à presidência do Senado, o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) disse, nesta terça-feira, que segue articulando a construção de uma candidatura anti-Renan Calheiros (MDB-AL) e que vê com incômodo a suposta interferência do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), em prol de seu partido, o Democratas, na eleição interna. "Cada um esperneia como quer. Eu acho que o governo tem de ser governo, se alguém estiver com condutas partidárias, muitas vezes pode atrapalhar o governo", disse.

Olímpio não descartou abrir mão de sua candidatura caso um dos demais candidatos que fazem parte desta articulação se destaquem na corrida e possam fazer frente a Renan. Ele se reuniu com dois outros candidatos na disputa, Simone Tebet (MDB-MS) e Davi Alcolumbre (DEM-AP). "Como eu disse, nós estamos fazendo articulações. Agora, com uma novidade que é a candidatura da Simone colocada. Fui conversar com ela a respeito disso e para ouvir dela que realmente ela se coloca na disputa", disse Olímpio a jornalistas.

"O que eu fui dizer é que justamente é que sou candidato, mas desde o princípio, estamos conversando com as candidaturas colocadas para termos uma candidatura que pudesse fazer frente à candidatura Renan", disse.

Mais cedo, a líder do MDB no Senado, Simone Tebet, disse que decidiu disputar a presidência da Casa depois de receber sinalizações desta "interferência". Nos bastidores, Onyx vem estimulando o senador Davi Alcolumbre a continuar em campanha e conquistar os votos necessários para vencer a disputa.

"Causa um desconforto porque quem fala pelo governo de Bolsonaro é o presidente. Ele disse a mim 'não vou interferir no processo, em eleições nem na Câmara nem no Senado. Aqueles que o fizeram (antecessores na Presidência) se arrebentaram'. E ele está mais do que certo nisso", disse o senador eleito. Olímpio disse ainda que se tivesse uma candidatura do governo para ser colocada, seria a dele, já que foi um grande apoiador de Bolsonaro.

O MDB se reúne no dia 29 de janeiro para decidir quem será seu candidato. O resultado poderá alterar todo o quadro, caso Renan seja derrotado internamente.

Flávio

Olímpio negou que as denúncias envolvendo seu colega de partido o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) atrapalhem sua disputa pela presidência da Casa. Ele disse que acha que as denúncias também não afetam o governo. "Nada vai atrapalhar governo, nesse momento, qualquer coisa que não seja a articulação das medidas mais do que emergenciais dentro da área econômica, previdência, segurança. Não vejo que possa atrapalhar", disse.

 

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