Equipes de resgate buscam vítimas do rompimento da barragem de sexta-feira perto da cidade de Brumadinho, Minas Gerais, no dia 28 de janeiro de 2019 - AFP
Equipes de resgate buscam vítimas do rompimento da barragem de sexta-feira perto da cidade de Brumadinho, Minas Gerais, no dia 28 de janeiro de 2019AFP
Por O Dia

Minas Gerais - Em coletiva concedida no fim da tarde desta quarta-feira, o coordenador-adjunto da Defesa Civil, tenente-coronel Flávio Godinho, informou que o número de vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho subiu para 99. Até o momento, são 259 desaparecidos confirmados. 

O porta-voz da Polícia Civil afirmou que, do total de mortos, 57 corpos foram identificados.

Também nesta quarta o Palácio do Planalto foi informado que os militares das Forças de Defesa de Israel (FDI) - que chegaram ao Brasil no domingo para ajudar nos trabalhos - devem retornar a seu país nesta quinta-feira às 15 horas.

 

Na mesma coletiva, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Ahara, afirmou que a chuva que aconteceu nesta quarta-feira não afetou significativamente o nível de água da barragem, uma das preocupações da corporação. Ele disse que a chuva interrompeu apenas as operações por terra, por um curto período de tempo. "Entre 14h30 e 15h30, a atividade aérea foi interrompida em razão do enterro de uma criança, uma das vítimas desta tragédia", explicou. O tenente comentou ainda o apoio da tropa de São Paulo, e informou que as tropas de Santa Catarina e Espírito Santo chegarão na quinta-feira. 

Mais cedo, o comandante de salvamento especializado, capitão Leonard Farah disse que se trabalha "com a chance diminuindo para praticamente zero" de encontrar sobreviventes.

Já em relação ao retorno das tropas israelenses, o governo brasileiro não sabia explicar exatamente as razões à noite. A divisão de protagonismo de trabalho no socorro às vítimas da tragédia de Brumadinho tem causado vários "curtos-circuitos" entre o governo de Minas e as Forças Armadas. Essas colocaram um contingente de mil homens, desde sexta-feira, para auxiliar no resgate de sobreviventes. Só que não houve solicitação de uso do grupo. O governo de Minas informou que não havia necessidade daquele tipo de apoio e, se precisasse, solicitaria. A avaliação de militares é de que o salvamento de Brumadinho "está muito politizado".

A equipe de cerca de 130 soldados e oficiais israelenses desembarcou domingo à noite. Eles começaram a trabalhar na segunda-feira e logo foram informados de declarações do comandante das operações de resgate, tenente-coronel Eduardo Ângelo, de que os equipamentos trazidos de Israel para Brumadinho (MG) não eram efetivos para esse tipo de desastre.

Questionado, o governo de Minas Gerais esclareceu que "não houve recusa de colaboração de militares" e tropas federais poderão ser solicitadas "caso haja necessidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Você pode gostar
Comentários