Bolsonaro em entrevista a RecordReprodução
Por O Dia
Publicado 23/01/2019 22:12 | Atualizado 23/01/2019 22:27

Rio - Em entrevista ao telejornal "Jornal da Record", transmitida na noite desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre as acusações de que o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL), estaria envolvido em esquemas de corrupção. Em um tom bem mais ameno, o presidente prestou apoio a Flávio e disse que tudo será esclarecido. Mais cedo ele havia declarado que "se o filho viesse a errar, ele teria de pagar"

"Estão fazendo isso para me atingir. Quebraram o sigilo bancário dele. Mas, tudo vai se esclarecer. Fé em Deus, tudo vai dar certo", disse. A declaração do presidente foi dada mesmo após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) alegar que o parlamentar não teve o sigilo bancário quebrado.  

"Não houve quebra de sigilo bancário dos deputados. Agimos com base na Lei 9.613 [sobre crimes de ''lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores] e seus artigos 14 e 15, que tem 20 anos. Há 20 anos procedemos dessa forma. O artigo 14, parágrafo terceiro diz o seguinte: 'o Coaf poderá requerer aos órgãos da administração pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas", informou o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem.

Além de Flávio, outros 26 deputados estaduais fluminenses citados no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) são investigados na esfera civil por suspeita de improbidade administrativa.

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro também comentou sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. De acordo com ele, os investidores desejam a desburocratização para facilitar a concretização de negócios com o país. "O Brasil é um dos países mais difíceis para se fazer negócio. O que eles pedem então? Que seja desburocratizado, que diminua sua carga tributária, elimine barreiras... eles querem um país mais ágil. A equipe econômica está conversando para estabelecermos medidas". 

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