O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho matou 230. Outros 46 ainda estão desaparecidosMauro Pimentel / AFP
Por O Dia
Publicado 28/01/2019 10:48 | Atualizado 29/01/2019 12:34

Brumadinho - O número de mortos confirmados na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, subiu para 65 na noite desta segunda-feira. Destes, 31 corpos foram identificados. Há ainda 279 desaparecidos. A informação foi divulgada pela assessoria do governo de MG.

O balanço informa ainda que 382 pessoas foram localizadas. Até o momento, 192 pessoas foram resgatadas.

Bombeiros procuram vítimas no entorno de Brumadinho,Minas Gerias,no quarto dia de buscas após o rompimento de uma barragem da Vale Mauro Pimentel / AFP

Godinho explicou que o número oficial de mortos é registrado quando os corpos são enviados ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, capital mineira. Por isso, informou o oficial, o número de óbitos deve subir.

Ele informou que uma equipe da Polícia Militar e dos Bombeiros trabalham no atendimento às famílias. 

O número de desabrigados é de 135 pessoas. 

Aproximadamente 280 bombeiros trabalham nas buscas após o rompimento da barragem da Vale.

Vale 'não vê responsabilidade' e pede desbloqueio de bens, diz advogado

A Vale, dona da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, "não vê responsabilidade" sobre o rompimento da barragem da cidade e já enviou à Justiça mineira pedido de reconsideração sobre as decisões que bloquearam R$ 11 bilhões da empresa para garantir as compensações pelo desastre. As informações são do advogado Sergio Bermudes, um dos principais defensores contratados pela empresa.

Militares israelenses começam resgate de vítimas

Bombeiros procuram vítimas no entorno de Brumadinho,Minas Gerias,no quarto dia de buscas após o rompimento de uma barragem da Vale Mauro Pimentel / AFP

Um grupo de 129 militares de Israel especialistas no socorro de pessoas soterradas chegou na noite deste domingo ao Brasil. Eles seguiram para em Brumadinho, Minas Gerais, para ajudar no resgate de vítimas da barragem da Vale. A operação foi coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com apoio de Yossi Shelley, embaixador de Israel no Brasil. Dentre os equipamentos, há um que detecta variações de temperatura e poderá ser usado na busca por vítimas.

Vale suspende pagamento de dividendos e cria comitês para tragédia

Em reunião extraordinária realizada no domingo, o Conselho de Administração da Vale decidiu suspender o pagamento de remuneração variável aos executivos e também a Política de Remuneração aos Acionistas "e, consequentemente, o não pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP), bem como qualquer outra deliberação sobre recompra de ações de sua própria emissão".

A empresa também diz ter constituído dois Comitês Independentes de Assessoramento Extraordinário (Ciaes) ao Conselho de Administração, "coordenados e compostos por maioria de membros externos, independentes, de reputação ilibada e com experiência nos temas de que se ocuparão, a serem indicadas pelo Conselho".

Mourão: Tem que apurar e punir, punir mesmo

O presidente em exercício general Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira que o gabinete de crise do governo estuda a possibilidade de a diretoria da mineradora Vale ser afastada de suas funções durante as investigações sobre o desastre que aconteceu na semana passada em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

Vale deve ser 'responsabilizada severamente' por acidente, diz Raquel Dodge 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta segunda-feira que planeja se reunir na tarde de terça-feira com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, para discutir a tragédia de Brumadinho (MG).

Ao defender uma ação conjunta do sistema de Justiça diante da ruptura da barragem da Vale ocorrida na última sexta-feira, 25, a procuradora-geral pediu prioridade na indenização das famílias e cobrou que a Vale seja responsabilizada "severamente".

Bombeiros procuram vítimas no entorno de Brumadinho,Minas Gerias,no quarto dia de buscas após o rompimento de uma barragem da Vale Mauro Pimentel / AFP

Bombeiros procuram vítimas no entorno de Brumadinho,Minas Gerias,no quarto dia de buscas após o rompimento de uma barragem da Vale Mauro Pimentel / AFP

No domingo, dia 27, a Defesa Civil de Minas Gerais informou que os donativos arrecadados em quase 72 horas após o rompimento da barragem em Brumadinho já são suficientes e que não é mais necessário o envio de mais materiais.

Bombeiros procuram vítimas no entorno de Brumadinho,Minas Gerias,no quarto dia de buscas após o rompimento de uma barragem da Vale Mauro Pimentel / AFP

A barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu na tarde de sexta-feira, 25, deixando mortos, feridos e centenas de desaparecidos.

Bombeiros procuram vítimas no entorno de Brumadinho,Minas Gerias,no quarto dia de buscas após o rompimento de uma barragem da Vale Mauro Pimentel / AFP

A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tinha volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.

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