Ministro Gustavo Bebianno diz em hotel que está hospedado em Brasília que vai 'esfriar a cabeça' antes de comentar sua provável exoneração do governo Bolsonaro - Reprodução/ TV Globo
Ministro Gustavo Bebianno diz em hotel que está hospedado em Brasília que vai 'esfriar a cabeça' antes de comentar sua provável exoneração do governo BolsonaroReprodução/ TV Globo
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Com sua situação no governo Bolsonaro ainda indefinida, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, está recluso na manhã desta segunda-feira. A esperada exoneração ainda não foi publicada em edição extra no Diário Oficial da União. Enquanto isso, ele segue no hotel em que mora em Brasília.

No domingo, o ministro almoçou em um restaurante de gastronomia portuguesa em Brasília, na companhia da família e do suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o empresário Paulo Marinho. Na saída, Bebianno falou ao jornal O Estado de S. Paulo que precisava "ficar quieto, acalmar a cabeça". À noite, preferiu não sair. Pediu o jantar no quarto do hotel.

Em sua agenda oficial desta segunda, não há compromissos oficiais marcados. Reservadamente, Bebianno tem deixado clara sua mágoa com a atitude do filho do presidente Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, que o chamou de mentiroso. Em conversas, o ministro tem dito que o ciúme exacerbado que Carlos tem do pai foi colocado acima do projeto de melhorar o país.

'Quem sofre uma injustiça não fica bem', diz Bebianno

Na saída do restaurante Tejo no domingo, Bebianno relatou ao jornal O Estado de S. Paulo que ainda tenta "equalizar" todo o processo que deve resultar na sua exoneração do cargo. Cortês, tirou selfie com um eleitor e disse que não era hora de comentar o assunto.

Quais os próximos passos do senhor?

O tempo é o senhor da razão. Vou falar depois. Por ora, vou ficar quieto, acalmar minha cabeça. Quem sofre uma injustiça dessas não fica com a cabeça boa. Antes dos meus interesses, pode parecer clichê, mas não é, estavam os interesses do país. Trabalhei, fiz o que fiz por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro.

O senhor trabalhou nos últimos dois anos para eleger o presidente...

Não sou perfeito, mas (abaixa a cabeça)...

O senhor fez alguma coisa que tenha levado o presidente a optar pela sua saída?

Absolutamente nada. Zero.

Há uma injustiça?

100%. O presidente sabe.

Sabe?

Sabe, não é maluco.

Qual a posição do senhor em relação ao vereador Carlos Bolsonaro? Ele passou dos limites?

Vou falar depois que sair. Na hora certinha eu falo. Estou equalizando a minha cabeça.

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