Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, foi preso em São Paulo - Divulgação
Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, foi preso em São PauloDivulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, foi preso em São Paulo na manhã desta terça-feira durante operação da Polícia Federal. Em colaboração com o Tribunal de Contas da União, a PF deflagrou a Operação Fantoche para desarticular uma organização de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

Responsável pela representação da indústria do Brasil, a CNI é o órgão máximo do sistema sindical patronal da indústria e atua em articulação com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de entidades no Brasil e no exterior.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota na qual afirma ter conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília, prestando esclarecimentos sobre a Operação Fantoche, deflagrada na manhã desta terça-feira, 19.

"A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades", afirma a confederação, em nota.

Durante esta operação deflagrada pela PF são cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e dez de prisão temporária, nos estados de PE, MG, SP, PB, DF, MS e AL.

Segundo informações da PF, um grupo de empresas, sob o controle de um mesmo núcleo familiar, atuava desde 2002 executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado Sistema S. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes desses contratos.

As investigações apontaram que o grupo utilizava entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar a celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério e Unidades do Sistema S. Os contratos eram, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

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