São Paulo - O deputado federal Marcelo Calero (PPS-RJ) publicou vídeo em suas redes sociais dizendo que seu coração está confortado com a prisão do ex-presidente Michel Temer. O diplomata participou do governo Temer, do qual pediu para sair, após denunciar ter sofrido pressão do então ministro Geddel Vieira Lima e do próprio ex-presidente para aprovar uma construção imobiliária, travada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), subordinado ao Ministério da Cultura, do qual Calero era titular.
Na época, Geddel era ministro da Secretaria de Governo de Temer e tinha um apartamento no condomínio embargado.
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Após a prisão do ex-chefe na quinta-feira, Calero parabenizou a força-tarefa da Lava Jato e o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelas dez prisões de quinta-feira.
"Sinto realmente que meu coração está confortado. Não pela prisão em si, mas pela certeza de que a Justiça finalmente foi feita. Eu lembro de cada palavra que o Temer me falou quando eu estava saindo da sala dele. Ele tentando me convencer a favorecer o Geddel Vieira Lima no caso do empreendimento em Salvador. Naquele momento, quando ele dizia ' a política tem dessas coisas' eu tive duas certezas: a que a política que ele queria não era a que eu queria e que eu estava lidando com uma quadrilha", disse na publicação.
Conforme antecipou a coluna Informe do Dia, Calero articula candidatura à Prefeitura do Rio em 2020
Em 2016, Geddel e Calero protagonizaram um embate que resultou na exoneração dos dois. Na ocasião, o ex-ministro da Cultura disse ter sido pressionado pelo colega, que contou com apoio de Temer para liberar a obra de um condomínio em Salvador, na Bahia, no qual Geddel tem um apartamento.
