O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio - Valter Campanato/AgÊncia Brasil
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro AntônioValter Campanato/AgÊncia Brasil
Por O Dia

Brasília - A investigação da Polícia Federal sobre esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas aponta para participação do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, após 30 dias de investigação. Segundo a publicação, os investigadores apuram inicialmente o crime de falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro.

Uma reportagem do jornal do dia 4 de fevereiro apontou que o ministro, que era presidente estadual do PSL em Minas Gerais, direcionou verbas de campanha a quatro candidatas mulheres no Estado que são suspeitas de serem laranjas.

O ministério do Turismo disse em nota que a matéria da Folha de S.Paulo "ultrapassa todos os limites da imoralidade" e diz que o texto não traz qualquer dado que sustente o título. "A edição de hoje serve como mais um elemento para o processo que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, move por calúnia contra o jornal. O ministro aguarda o fim do processo com tranquilidade e confiança na seriedade e profissionalismo da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça", diz a nota.

Ex-candidata a deputada estadual, Cleuzenir Barbosa declarou ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, que assessores de Marcelo Álvaro Antônio pediram que ela transferisse para empresas dinheiro público de campanha. 

Parte da bancada do PSL pressiona o Palácio do Planalto a demitir o ministro do Turismo. A avaliação é que a permanência dele no cargo contamina a sigla e pode prejudicar o desempenho do PSL nas eleições municipais do ano que vem.

Bebianno foi o único a sofrer consequências no governo

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência foi o único a cair com a revelação do esquema em Minas. O nome de Gustavo Bebianno surgiu no escândalo por ele ter sido presidente nacional do partido durante as eleições. Em entrevista no dia 19 de fevereiro, ele afirmou que foi "escolhido para Cristo". Bebianno foi afastado do Planalto após crise envolvendo filho do presidente Carlos Bolsonaro. 

 

 

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