Abraham Weintraub - Rafael Carvalho/Divulgação Casa Civil
Abraham WeintraubRafael Carvalho/Divulgação Casa Civil
Por O Dia

São Paulo - Apesar de insistir que suas indicações não têm "viés ideológico", o presidente Jair Bolsonaro nomeou mais um seguidor das ideias do escritor Olavo de Carvalho para o Ministério da Educação. 

Abraham Weintraub, economista que fez carreira no setor privado, foi responsável pela área da Previdência durante o governo de transição e ocupava a secretaria-executiva da Casa Civil, foi escolhido para comandar a pasta após a exoneração de Ricardo Vélez na manhã desta segunda-feira

Weintraub participou da Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado por Eduardo Bolsonaro, em Foz do Iguaçu, no início de dezembro do ano passado. Ele dividiu o palco com o irmão, Arthur Weintraub, em uma palestra em que ambos defenderam o uso da "teoria adaptada de Olavo de Carvalho" para combater o "marxismo cultural" nas universidades. 

Ele defendeu inclusive o uso de xingamentos e o de não usar premissas racionais em um diálogo - práticas conhecidas em fóruns de internet como "trollagem" - para conversar com "comunistas". "Quando um comunista chegar para você com o papo 'nhoim nhoim', xinga. Faz como o Olavo de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais", afirmou.

A escolha de Weintraub para a pasta foi elogiada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, outra indicação de Olavo.

Olavo foi responsável pela indicação do próprio antecessor da pasta, Vélez Rodriguez, exonerado nesta segunda-feira. O escritor, no entanto, chamou Vélez de "traiçoeiro" e o atacou no Twitter na última sexta-feira, atenuando a situação delicada do ministro. 

Também no Twitter, Olavo comentou a nomeação de Weintraub.

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