Rio - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou a relação do presidente Jair Bolsonaro com seus filhos, em entrevista ao site "Buzzfeed".
Maia afirmou que Carlos Bolsonaro "deve ter muito problema na cabeça" por, ainda com 17 anos, ter derrotado a própria mãe em eleição para a Câmara de Vereadores do Rio, e disse que "ouviu falar" que Carlos já ficou 7 anos sem conversar com o pai, Jair, por motivo não revelado.
O presidente da Câmara ainda chamou o segundo filho do presidente de "doido" e "radical", e disse que não duvida que ele realmente tenha deixado o pai sem acesso à própria conta de Twitter, apesar de achar que não foi o que aconteceu. "Aí seria uma relação... aí precisaria internar...", ponderou.
"Alguém coloca aquilo do golden shower sem o pai ver? O filho pode ser doido à vontade, mas num negócio daquela loucura só com autorização do dono da conta", concluiu.
Maia também comentou a briga entre Carlos e o vice-presidente, Hamilton Mourão: "Para quem está aqui perto, todo mundo sabe que é uma briga idiota".
Indagado sobre Eduardo, outro filho do presidente, que ganhou protagonismo na política externa do governo após, dentre outras coisas, se reunir com o presidente norte-americano Donald Trump, Maia disse que ele está com um "deslumbramento" natural. "Ele não era nada, era um deputado do baixíssimo clero, o pai vira presidente, ele passa a ser chamado pela equipe do Trump, pela equipe de não sei o quê… Um pouquinho de vaidade é um direito, não é?"
Sobre o escritor Olavo de Carvalho, o presidente da Câmara acha que ele "influencia demais a agenda de Bolsonaro", mas aposta que "vai perder relevância".
Em avaliação sobre como o governo está conduzindo a reforma da Previdência, Maia afirmou que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, "melhorou muito" e "compreendeu que se ele não fizer articulação ele vai cair, então ele começou a fazer articulação".
Para ele, "o mais importante é aprovar" a reforma, mesmo que depois do primeiro semestre. "Tanto faz metade de julho ou início de agosto… Isso não é o mais importante, o mais importante é aprovar."
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