Nos endereços dos alvos e empresas, foram apreendidos 22 carros de luxo, documentos diversos e aparelhos celulares - Divulgação/ Polícia Civil
Nos endereços dos alvos e empresas, foram apreendidos 22 carros de luxo, documentos diversos e aparelhos celularesDivulgação/ Polícia Civil
Por O Dia
Rio - Um grupo de empresários e funcionários que desviou R$ 26 milhões do Banco do Brasil entre 2017 e 2018 foi desmantelado nesta quinta-feira. A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou nesta manhã uma megaoperação em oito estados e no DF para combater o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. Quinze pessoas foram presas e duas continuam foragidas.
Foram 28 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão temporária cumpridos contra funcionários e ex-funcionários do Banco do Brasil e empresários vinculados a empresas de cobranças e dívidas da instituição financeira.
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Mandados foram cumpridos no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio de Janeiro - Divulgação/ Polícia CIvil
As prisões foram no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio de Janeiro.
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Confira o saldo da operação em oito estados e no DF:
• DF: Três buscas e duas prisões;
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• GO: Uma busca e uma prisão;
• MG: Cinco buscas e três prisões;
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• MT: Três buscas e uma prisão;
• SP: Três buscas e duas prisões;
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• PR: Quatro buscas e uma prisão;
• PE: Duas buscas e uma prisão;
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• SC: Três buscas e duas prisões;
• RJ: Quatro buscas e duas prisões.
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O delegado responsável pela investigação disse que funcionários e ex-funcionários do BB fraudavam repasses de valores a companhias de cobrança. "Posteriormente as empresas retornavam parte das quantias aos funcionários do Banco do Brasil, como proveito do crime”, destaca Leonardo de Castro.
Segundo Castro, R$ 15 milhões desviados do Banco do Brasil já foram bloqueados pela Justiça e deverão ser restituídos à instituição bancária.
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Segundo o delegado Wenderson Teles, responsável pelas investigações, dois funcionários do banco, que atuavam diretamente na movimentação de valores altos e comissões destinadas às empresas de cobrança, aproveitavam-se dos cargos executivos e das transações de pagamento manuais para aumentar o valor das comissões dos empresários em troca de reembolsos ilegais.
“Diante da suspeita de fraude, a gerência da instituição bancária adotou uma decisão estratégica para contratar novas empresas de cobrança. Isso acarretou ameaças a executivos do banco que denunciaram o caso à Polícia Civil do DF”, relata o delegado.
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Nos endereços dos alvos e empresas, foram apreendidos 22 carros de luxo, documentos diversos e aparelhos celulares. “Todos eles ostentavam alto padrão econômico, residiam em bairros nobres e, ainda, utilizavam os recursos ilícitos para viagens, aquisição de veículos e outros bens de consumo”, finaliza o delegado.
Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa — com aumento de pena em virtude da participação de funcionário público —, peculato e lavagem de dinheiro.
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A deflagração da operação contou com o apoio operacional das polícias civis de Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio de Janeiro. O Banco do Brasil prestou todo o apoio necessário às investigações.