Publicado 08/05/2019 12:59
Rio - O termo de cooperação para construção do novo autódromo do Rio, em Deodoro, Zona Oeste do Rio, foi assinado nesta quarta-feira pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o governador, Wilson Witzel, e o prefeito Marcelo Crivella. A capacidade da estrutura será de 130 mil pessoas.
A assinatura, conforme antecipou o DIA, foi feita após a comemoração ao Dia da Vitória e Imposição da Medalha da Vitória, reconhecimento à atuação brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, no Monumento aos Pracinhas, na Zona Sul do Rio.
O presidente da República disse que a direção da Fórmula 1 resolveu transferir o GP para o Rio após a eleição de 2018. Ele disse que o evento será transferido de Interlagos para a cidade em 2020. Bolsonaro ressaltou que a criação do autódromo vai gerar empregos.
"Acabamos de assinar um termo com o prefeito e o governador para construir o autódromo na região do Cambroata, em Deodoro. O autódromo será construído em seis ou sete meses após o início das obras. Serão milhares de empregos. No setor hoteleiro, mais ainda. Serão sete mil empregos indiretos que permanecerão para sempre", disse.
Bolsonaro acrescentou que a obra não será custeada com recursos públicos.
Perguntado sobre o local do autódromo ser uma possível área remanescente da Mata Atlântica, ou seja de proteção ambiental, o governador Wilson Witzel respondeu que a atribuição da investigação seria da Câmara dos Vereadores e segundo ele, não há restrição. “Pode haver construções e será melhor para o meio ambiente. Terão mais pessoas cuidando”, disse.
O presidente disse que “se o Exército não estivesse naquela área com certeza já teria sido invadida e depredada”.
A promessa de um novo autódromo em Deodoro, em terreno cedido pelo Exército, veio com a demolição, em 2012, do Autódromo de Jacarepaguá, para dar lugar ao Parque Olímpico do Jogos de 2016. A última Fórmula 1 realizada no Rio foi em 1989. Ao todo foram dez GPs na cidade, todas no antigo autódromo. Desde 1990, a etapa é realizada em Interlagos, São Paulo.
Como o terreno cedido pelo Exército em Deodoro foi utilizado por 60 anos como depósito de munições e explosivos, ele precisou passar por uma ampla limpeza. Foram 250 militares implicados no trabalho que retirou cerca de 4 mil granadas enterradas.
O projeto do novo autódromo é do escritório do arquiteto alemão Hermann Tilke, responsável por desenhos de pistas, como, as de China, Cingapura, Abu Dabi, Rússia e Bahrein.
Confira um vídeo da volta rápida do projeto do novo autódromo do Rio, com traçado da pista oficial:
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