Silva foi detido pelos policiais na casa de parentes, no bairro Cruzeiro, em Araraquara. Ele confessou o crime e vai responder por homicídio doloso, qualificado, e ocultação de cadáver.
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O pedreiro contou que não conhecia o policial e o matou a pedido da sobrinha. Ele confirmou que o assassinato foi tramado depois que Jaciene teve acesso a um vídeo íntimo envolvendo a própria filha e o namorado.
Outra filha da mulher, Larissa Marques, de 22 anos, teria participado da trama e ajudado a queimar o corpo da vítima. Ela também está presa.
Silva contou que Jaciene atraiu o PM à sua casa, na noite de segunda-feira, com o propósito de matá-lo. Quando o cabo adormeceu, a mulher e a filha foram à casa do pedreiro para buscá-lo.
Ele usou luvas para não deixar impressões digitais e desferiu cinco golpes de marreta na cabeça da vítima. O corpo foi levado a um canavial no carro da vítima, que foi incendiado. O pedreiro e as duas mulheres deixaram o local no carro de Larissa. O instrumento usado no crime foi apreendido em sua casa.
A filha mais nova de Jaciene, Giovanna Marques, prestou depoimento nesta quarta-feira e foi liberada. Ela confirmou que teve um relacionamento com o policial sem o conhecimento da mãe. Conforme o delegado, não ficou comprovada a participação dela no crime. O pedreiro não tinha constituído advogado até a tarde desta quarta-feira.
Perfil
O cabo Matias era policial desde 1990 e trabalhava no 13.º Batalhão da PM em Araraquara. Ele era motorista do comandante da unidade e estava a um mês de se aposentar.
Durante quase 20 anos ele integrou o Corpo de Bombeiros de São Carlos e, em 2010, foi escolhido o "Bombeiro do Ano". O comando do 13.º BPM/I de Araraquara divulgou nota manifestando pesar pela morte do policial, "que deixa filhos, familiares e muitas saudades aos amigos e companheiros de trabalho".