Outras quatro câmeras também registraram o fenômeno: a cidade de Araripina, Cabrobó e Ouricuri, em Pernambuco, e Juazeiro do Norte, no Ceará. A Bramon calculou a trajetória do meteoro e concluiu que ele ocorreu sobre o estado do Rio Grande do Norte.
Ainda segundo os cálculos, ele surgiu no céu a 91,2 km de altitude, próximo a Cerro Corá e se deslocou a cerca de 72 mil km/h em direção ao sudeste, até desaparecer, quatro segundos depois, a cerca de 39,6 km de altitude acima da cidade de Cruzeta.
Segundo Zurita, o fragmento tinha cerca de 1,5 kg, mas não é possível que ele cause prejuízo, já que a maior parte dele é consumida pela passagem atmosférica. Já em relação à luz emitida, a Bramon explicou que isso acontece pois o meteoro atinge a atmosfera em uma velocidade muito alta e acaba gerando uma bolha de gás incandescente.
Nesta época do ano, os astrônomos estão atentos para a aparição de grandes meteoros, já que a Terra atravessa por uma região do espaço repleta de fragmentos, restos de um cometa que se partiu há cerca de 20 mil anos. Há ainda a suspeita de que um desses fragmentos já tenha atingido nosso planeta no dia 30 de junho de 1908 na região de Tunguska, na Sibéria, resultando na devastação de uma área florestal de 2.000 km².
De acordo com a Bramon, o receio de que algo assim aconteça novamente levou um grupo de cientistas, liderado pelo guitarrista do Queen, Brian May, a criar um movimento global chamado “Asteroid Day”, que acontece anualmente, no dia 30 de junho, a fim de alertar a população e as autoridades sobre o risco que o impacto de um grande meteoro pode trazer para a Terra.