Rio Paraopeba foi contaminado pelo rompimento de barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho - EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Rio Paraopeba foi contaminado pelo rompimento de barragem da mina Córrego do Feijão, em BrumadinhoEDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - Depois de quase 120 dias de trabalho e 18 audiências, o indiciamento de 14 pessoas, entre elas, executivos da Vale, é um dos pontos do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investigou o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais.

Além dos indiciamentos, o relator, senador Carlos Viana (PSD-MG), adiantou nesta segunda-feira, em Brasília, que o documento também vai sugerir três projetos que tratam de crimes ambientais, da segurança de barragens de rejeitos e da tributação da exploração de minérios no país.


Tal como cobrado dos representantes da Vale pelos senadores, o fim das barragens de resíduos no país e a definição do valor para o pagamento de indenizações também serão apontados no relatório.

Os senadores também querem que a Agência Nacional de Mineração (ANM) contrate uma empresa para fazer os laudos de estabilidade das barragens. Hoje, as próprias mineradoras contratam esse serviço.

Tramitação
A expectativa é de que nesta terça-feira o relatório seja lido, sendo aberto prazo para vista coletiva, mais tempo para os senadores analisarem o documento. Na terça seguinte, será votado no colegiado.

Histórico
O rompimento da barragem de Córrego do Feijão em janeiro deste ano deixou pelo menos 246 mortos e 24 desaparecidos.