Rodrigo Maia, presidente da Câmara -  Mauricio Rummens / Parceiro / Agência O Dia
Rodrigo Maia, presidente da Câmara Mauricio Rummens / Parceiro / Agência O Dia
Por O Dia
São Paulo - Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu a legalidade dos vazamentos de mensagens entre Moro e procuradores da Lava Jato, que revelam parcialidade na condução da operação, feitas pelo site The Intercept Brasil em parceria com outros veículos.
"É claro que entrar num celular e pegar informações privadas é crime", afirmou Maia. "Mas o jornalista que pegou a informação, infelizmente ou felizmente, já tá mais do que claro, inclusive com respaldo da Justiça brasileira, que não é crime você usar informação. É claro que não é crime", afirmou. 
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O presidente da Câmara comparou o caso com o vazamento de áudio entre os ex-presidentes Lula e Dilma: "Não pode ter dois pesos e duas medidas. Quando o vazamento é pra beneficiar um lado, é bacana. Quando em tese vai beneficiar outro, aí não pode". 
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"Eu (pessoalmente) sou contra vazamento ilegal, o uso ilegal de dados particulares, só que o jogo foi jogado assim, inclusive pro impeachment da Dilma. Querendo ou não, foi", criticou Maia, que classificou como "decisivo" o vazamento do áudio para a conclusão do processo de impeachment da ex-presidente.
Maia também cobrou, da imprensa, o mesmo tipo de cobertura feita no caso WikiLeaks: "Todo mundo divulgou. Aquilo ali (o WikiLeaks) não tinha problema, não é?", questionou.