Carga de ouro foi roubada no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo - Reprodução/Youtube
Carga de ouro foi roubada no Aeroporto de Guarulhos, em São PauloReprodução/Youtube
Por ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo - A Polícia Civil apreendeu, na Zona Leste de São Paulo, mais dois carros usados pelos criminosos que roubaram 720 quilos de ouro do terminal de cargas do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta quinta-feira. A suspeita é de que, logo depois da fuga, os criminosos tenham dividido o material, que estava em uma caminhonete clonada com identificação da Polícia Federal, entre os outros dois veículos.

Os automóveis, uma caminhonete Nissan Frontier e outra Mitsubishi Hilux, foram abandonados na Avenida São Miguel, quando os bandidos trocaram de carro novamente.

Os dois veículos usados nesse translado eram blindados, tinham placas falsas e estavam "envelopados" com um tecido na carroceria para disfarçar a pintura original. Nenhum deles havia sido roubado, mas a polícia suspeita de que tenham sido adquiridos com nomes e endereços falsos. Os donos ainda não foram identificados.

Os carros foram encontrados por conta das 20h de quinta, cerca de seis horas após o roubo no Aeroporto de Guarulhos. Um deles estava abandonado em um depósito, e o outro nos fundos de uma danceteria de forró na zona leste.

Eram 31 malotes com ouro, com destino aos aeroportos JFK, em Nova York, nos Estados Unidos, e de Toronto, no Canadá. A informação inicial de que parte do material iria para Zurique, na Suíça, não foi confirmada pela polícia.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), para executar o roubo do volume de ouro estimado em R$ 123 milhões, os ladrões sequestraram parentes de um funcionário da transportadora Brinks que teria informações privilegiadas sobre o funcionamento do local e o embarque da carga. O sequestro teria acontecido na noite de quarta-feira, 24, e se estendido até quinta. Isso teria facilitado a ação criminosa, que foi executada com agilidade no início da tarde, às 14h20.

Duas viaturas clonadas foram encontradas abandonadas na zona leste da capital, em um terreno na Rua Papiro do Egito. Os investigadores acreditam que o grupo tenha trocado os veículos ao menos duas vezes para dificultar a localização pela polícia. Veículos suspeitos foram vistos circulando em alta velocidade na cidade de Guararema, no interior paulista.

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, é o responsável pela investigação.

A polícia acredita que ao menos oito pessoas tenham se envolvido diretamente no roubo. Os criminosos portavam fuzis, pistolas e carabinas. O transporte de ouro é considerado rotina da transportadora no aeroporto.