"Alguns disseram que foi a fumaça da Amazônia que encobriu a cidade. Essa afirmação parece até um vídeo que vi, um mês atrás, de um helicóptero do Ibama sendo recebido a tiros e, meia hora depois, mostrou que foi um menino que fez montagem", disse o ministro. "Igualmente, (parece) o triste falecimento de uma liderança indígena, que alguns órgãos de imprensa se apressaram em dizer que foram garimpeiros que invadiram a reserva e saíram matando. Depois, descobriu que o índio tinha bebido uma cachacinha e caiu no rio, afogado", completou Salles, se referindo à morte do cacique Emyra Waiãpi, em meados de julho, no Amapá.
Em pronunciamento na abertura da 27ª Feira Internacional da Bioenergia (Fenasucro), em Sertãozinho (SP), o ministro afirmou que esse "sensacionalismo na área ambiental não contribui para as melhores práticas e para a defesa efetiva das questões importantes do nosso País".
Indagado após o evento se o ocorrido na segunda-feira seria uma notícia falsa, Salles afirmou que as equipes do governo para a Região Norte estão em operação e que o fenômeno decorre de um ambiente muito seco e de queimadas. "É preciso ter equilíbrio e não ser açodado em assumir certas hipóteses que não se confirmam. Hipóteses foram levantadas prontamente para criar um certo sensacionalismo e não se confirmaram", comentou.