Fumaça das queimadas no Pantanal chega ao Rio - Fernando Frazão/Agência Brasil
Fumaça das queimadas no Pantanal chega ao RioFernando Frazão/Agência Brasil
Por O Dia
Brasília - A repercussão mundial envolvendo a Amazônia preocupa os responsáveis por organizar atividades voltadas para o turismo náutico nas regiões de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, um dos principais destinos da modalidade no país. A apenas duas semanas da abertura da temporada de pesca esportiva do tucunaré, atividade que atrai milhares de pescadores de todo o mundo, os organizadores têm recebido consultas de estrangeiros sobre a interferência das queimadas na região. Segundo a Reuters, o governo vai editar um decreto proibindo o uso de fogo para limpeza de terrenos no país durante a seca deste ano. O texto está sendo redigido pela Subchefia de Assuntos Jurídicos da Presidência, ligada à Secretaria-Geral.
Mesmo a mil quilômetros dos incêndios, a organização das pescas teme que a discussão esvazie uma atividade que move R$ 8,5 bilhões por ano, gerando 200 mil empregos. Neste mês, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e a Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe) firmaram parceria para criar um roteiro para o turismo internacional de pesca. “Nosso objetivo é priorizar uma atividade rentável para o Brasil”, disse Osvaldo Matos, diretor de marketing da Embratur.
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BOICOTE AO COURO DESMENTIDO
Esse não é o único mercado preocupado com eventuais prejuízos por causa da Amazônia. Na terça-feira, o Centro das indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), associação que representa as empresas produtoras de couro, enviou carta ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, mencionando a suspensão de compras do couro brasileiro por pelo menos 18 marcas de roupas e calçados internacionais. Ontem de manhã, José Fernando Bello, presidente-executivo da entidade, voltou atrás e negou a suspensão. “A carta foi divulgada antes da checagem com a empresa importadora. Esse importador estaria supostamente suspendendo as compras. Foi um equívoco nosso. Vamos corrigir a informação junto ao governo federal”, explicou. Segundo o presidente, o importador explicou que vai continuar com os pedidos em andamento. Mas gostaria de “esclarecimento adicionais” sobre a origem e rastreabilidade do produto.