Erika Kausne e seu filho, Matheus Gabriel, de 9 anosReprodução/ Facebook
Por iG
Publicado 17/09/2019 13:05 | Atualizado 17/09/2019 13:06
Dias depois da morte do menino Matheus, de apenas nove anos, que foi assassinado pelo próprio pai na última sexta-feira (13) após enviar mensagens de áudio se despedindo da mãe, a professora do garoto fez uma emocionante homenagem para ele nas redes sociais, relembrando seu jeito brincalhão e o "enorme coração" que o garoto tinha.
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"Hoje, não tivemos seu sorriso largo, seu olhar de deboche... Hoje não precisei dizer” Matheus fale mais baixo, a escola inteira esta te ouvindo”, hoje não teve bronca por causa da letra garrancho, hoje não teve o “ bico” porque pedi pra refazer a atividade... hoje não teve VOCÊ... Mas hoje teve a maior demonstração de amor que vivi em 30 anos de magistério.Hoje teve uma turma de 25 crianças chorando por duas horas ininterruptas a perda e a saudade de vc. Teve demonstração de como vc com seu jeito sarrista fazia a diferença na vida de seus amigos... Choramos muito, mas também rimos relembrando as suas palhaçadas... Não será fácil continuarmos sem vc fisicamente, mas a lembrança do seu enorme coração e de sua generosidade serão nossa força. Sua carteira ficou lá, vazia, como se vc fosse chegar atrasado...mas vc não chegou... O que nos conforta é saber que vc está livre da maldade e das dores deste mundo.Com certeza vc deve estar soltando pipa com os anjos. Até mais meu menino ...", escreveu Cristina Seixas, em publicação que foi compartilhada pela mãe do garoto , Érika Kuasne.
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Matheus morreu após o pai, o motorista de aplicativo Marco Antônio Alves Marcondes , jogar o carro em que os dois estavam contra um carreta na PR-445, em Londrina (PR). Antes do acidente, o menino chegou a mandar mensagens de áudio e texto se despedindo de Érika: "adeus, mãe ".

Érika , que tentou salvar a vida do filho caçula enquanto, paralelamente, tentava ajuda da Polícia, enterrou Matheus no último final de semana. Agora, ela diz querer Justiça para seu filho, mas não sabe como alcançá-la: “Meu filho era uma criança cheia de vida. Queria trabalhar. Era meu defensor, meu segurança. Ele só não tinha idade nem tamanho, mas o jeito que falava era muito maduro. Era meu herói”.